Politica

Cotado para PF, secretário ganha afago de Ibaneis

postado em 06/09/2019 04:04
Anderson Torres comanda a Segurança Pública do DF

O governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou que, se depender da vontade dele, o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, seguirá no cargo. O chefe da pasta é um dos nomes cotados para assumir a direção da Polícia Federal. ;Isso depende dele e do presidente da República, mas, por mim, ele fica;, afirmou o chefe do Executivo local.

A declaração de Ibaneis foi feita em solenidade para anunciar um pacote de medidas voltadas para a Segurança Pública no DF (leia reportagem na página 6). Durante o discurso, ele também falou sobre Torres. ;Anderson Torres, meu secretário de Segurança, e espero que continue sendo, apesar das investidas;, disse, ao cumprimentar o secretário. Discreto, Torres chegou ao evento instantes antes do início da cerimônia e deixou o local rapidamente, sem falar com a imprensa.

O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que o ministro Sérgio Moro tem o aval dele para fazer as alterações no comando da PF, caso entenda ser necessário. Dentro da instituição, porém, a demissão do atual chefe, Maurício Valeixo, é dada como certa. As especulações sobre a saída dele tiveram origem quando Bolsonaro anunciou que o então superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi, seria exonerado por questões de gestão e produtividade. A declaração gerou reação na corporação, e delegados ameaçaram uma entrega coletiva de cargos.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, é alvo de uma investigação no Rio, por supostamente ter integrado um esquema de candidaturas laranjas no PSL. A apuração está parada por conta de uma decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão de diligências utilizando dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Receita Federal sem autorização da Justiça.

Torres é o mais cotado para a vaga, mas Bolsonaro também cogita nomear o delegado Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nas fileiras da PF desde 2015, Ramagem ganhou a confiança do chefe do Executivo nos últimos meses.

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