postado em 07/09/2019 04:04
Um ano após ser vítima de uma facada durante campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro foi recebido por apoiadores que cantaram ;parabéns; em frente ao Palácio da Alvorada, ontem. O chefe do Executivo voltou a agradecer não apenas ao grupo que o esperava, mas também aos médicos da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) ; primeiro lugar onde ele foi atendido antes de ser transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.;Hoje (ontem), é meu aniversário, nascido em Juiz de Fora. Muito obrigado, Santa Casa de Juiz de Fora, estou vivo graças a Deus e dirigindo com a graça de Deus o destino desta nação;, disse. ;7 de Setembro é amanhã (hoje), quero todo mundo de verde e amarelo. Vamos comemorar a nossa data, nossa independência.;
Em 6 de setembro, por volta das 16h, o então candidato, fazia ato em Juiz de Fora quando sofreu o atentado, cometido por Adélio Bispo de Oliveira, 41 anos. Atingido na altura do abdômen, ele passou por três cirurgias: uma na Santa Casa da cidade mineira e duas já no Hospital Albert Einstein. Ficou internado por mais de 30 dias. Outra cirurgia está marcada para amanhã, também em São Paulo.
Adélio foi preso em flagrante e disse que agiu sozinho. Em junho, a Justiça entendeu que ele tem doença mental e não pode ser punido criminalmente. O agressor está na Penitenciária Federal de Campo Grande e deve passar por nova avaliação psiquiátrica após três anos.
Orientação
Quatro meses antes do ataque, uma irmã de Adélio notou que ele apresentava transtornos mentais e o orientou a procurar ajuda psiquiátrica, mas não foi atendida. A afirmação é do irmão mais velho do agressor, o ex-chapa de caminhão Aldeir Ramos de Oliveira, 52. Na opinião dele, se Adélio tivesse se tratado antes, não teria cometido o atentado.
;Eu não esperava nunca que ele tivesse essa coragem de fazer (o ataque), porque nunca foi uma pessoa agressiva. Então, para a gente, foi um choque muito grande ele ter cometido uma loucura dessa. Eu queria perguntar para ele por que fez isso;, disse.
Aldeir contou que o irmão visitou a família em Montes Claros, meses antes do atentado, e apresentou um comportamento estranho, que chamou a atenção dos parentes. ;Ele conversava muito sozinho. Ia ver televisão e ficava muito nervoso, principalmente, com esse ;negócio; de política. Eu nunca o tinha visto daquele jeito;, recordou. Na ocasião, Maria das Graças Oliveira, irmã dele, o orientou a buscar ajuda. ;Ela disse para ele: ;Moço, você tem de fazer um tratamento. Não está bem de cabeça, está meio doido;. Ele não aceitou e disse: ;Quem tem de se internar são vocês;;, relatou.
;Hoje (ontem), é meu aniversário, nascido em Juiz de Fora. Muito obrigado, Santa Casa de Juiz de Fora, estou vivo graças a Deus e dirigindo, com a graça de Deus, o destino desta nação;
Jair Bolsonaro, presidente da República