Politica

Miranda: movimentações atípicas de R$ 2,5 milhões

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 12/09/2019 04:04
O deputado é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro

O deputado federal David Miranda (PSol-RJ) fez movimentações atípicas no valor total de R$ 2,5 milhões em sua conta bancária entre 2 de abril de 2018 e 28 de março de 2019. A conclusão é de um relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), enviado ao Ministério Público do Rio de Janeiro. O parlamentar é casado com o jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept.

Segundo informações do jornal O Globo, o documento foi enviado dois dias depois que o Intercept começou a publicar a série de reportagens conhecida como Vaza-Jato, que expõe supostas mensagens trocadas por meio do aplicativo Telegram entre procuradores da Lava-Jato, como o coordenador da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol, e o então juiz federal Sérgio Moro.

De acordo com o jornal, Miranda entrou no alvo do MP do Rio porque, quando era vereador no Rio, contratou serviços de uma das gráficas do município de Mangaratiba investigadas pelo órgão por supostas ilegalidades. As apurações sobre as empresas começaram em 2014.

Na terça-feira, a 16; Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro barrou o pedido do MP do Rio para quebrar o sigilo fiscal e bancário do deputado, sob alegação de que o parlamentar e outras quatro pessoas devem ser ouvidos antes.

À reportagem, a assessoria de Miranda afirmou que ele tem outras fontes de renda, além do cargo de deputado federal, cuja remuneração é de R$ 33,7 mil. Ainda de acordo com os assessores, as movimentações são compatíveis com a renda familiar do parlamentar carioca.

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