Thaís Moura*
postado em 13/09/2019 19:14
O ministro brasileiro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, voltou a comentar sobre a crise ambiental na Amazônia, nesta sexta-feira (13/9). Após reunião bilateral com Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, Araújo disse, em pronunciamento à imprensa, em Washington (EUA), que "já se pode ver sinais de questionamento de soberania da Amazônia". Ao lado do ministro, o secretário norte-americano elogiou o posicionamento do Brasil em questões de política externa, e garantiu que os darão início a um fundo de investimento de US$ 100 milhões para a "conservação da biodiversidade" na floresta. Araújo ainda comentou que o Brasil pretende contar com os EUA para "criar desenvolvimento para a região da Amazônia". "Precisamos de novas e produtivas iniciativas para criar empregos e renda para as pessoas na Amazônia. É por isso que a parceria com os EUA é muito importante para nós", afirmou o ministro brasileiro. ;Especificamente no caso da Amazônia, (há questionamentos) de que talvez não sejamos capazes de lidar com os desafios ambientais. Isso não é verdade e nossos amigos aqui nos EUA sabem disso;, acrescentou.
O secretário de Estado concordou com a fala de Araújo sobre novas iniciativas dos EUA para a geração de emprego e renda na floresta amazônica. Pompeo informou que o governo norte-americano deve aumentar seu relacionamento comercial com o Brasil, que segundo ele, "já responde por mais de US$ 100 bilhões por ano". "Neste mês, as equipes brasileiras e americanas vão ir adiante com o que foi negociado entre nossos presidentes em março. Daremos início a um fundo de investimento de US$ 100 milhões, com impacto de 11 anos, para a conservação da biodiversidade na Amazônia, e o projeto contará com a liderança do setor privado;, garantiu.
[SAIBAMAIS] Os diplomatas também comentaram sobre a crise na Venezuela, assunto que já tinha sido levantado pelo ministro brasileiro na última quarta-feira (11/9). O secretário de Estado constatou que as duas nações (EUA e Brasil) vêm trabalhando juntas para "confrontar a crise manufaturada pelo ;homem; na Venezuela", assim como para "deter tiranos em Cuba e na Nicarágua". Para o norte-americano, em questões de segurança, a cooperação entre os países ficou mais "robusta" sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.
*Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca