Agência Estado
postado em 13/09/2019 17:18
O presidente Jair Bolsonaro já caminhou três vezes nesta sexta-feira, 13, pelo corredor do Hospital Vila Nova Star, e deve caminhar outras vezes, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. Bolsonaro se recupera de uma cirurgia realizada no domingo, 8, para correção de uma hérnia incisional. "Ele está bem disposto", afirmou Rêgo Barros.
As caminhadas fazem parte da fisioterapia motora que foi liberada pela equipe médica na segunda-feira, 9. De acordo com o porta-voz, além de caminhar, o presidente passa o tempo sentado em uma poltrona e não tem usado muito o celular.
Rêgo Barros reforçou que Bolsonaro deve embarcar no dia 22 de setembro para Nova York, onde discursará na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O retorno do presidente ao Brasil está previsto para o dia 25. Antes da viagem, a equipe médica do Hospital Vila Nova Star deve ir a Brasília avaliar a saúde de Bolsonaro.
Retorno à Presidência
Pela manhã, em coletiva de imprensa, o porta-voz afirmou que o presidente precisa de "plenitude" para reassumir a Presidência da República e, por isso, o retorno dele ao cargo, que estava previsto para hoje, foi adiado por quatro dias. Até segunda-feira, 16, o presidente em exercício é o general Hamilton Mourão.
Durante a coletiva, o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, disse que o presidente pode ter alta daqui a 3 ou 4 dias, caso ele apresente melhora nos movimentos intestinais e avance nas dietas. No início da manhã desta sexta-feira, 13, a sonda nasogástrica que havia sido introduzida em Bolsonaro na terça-feira, 10, foi retirada e a dieta líquida, reintroduzida. O objetivo da sonda era drenar ar e líquidos do organismo do presidente para aliviar uma distensão abdominal. "Tiramos a sonda porque a drenagem de ontem para hoje foi bem reduzida", explicou Macedo.
No entanto, juntamente com a dieta líquida, o presidente continua a ter nutrição endovenosa, ou seja, alimentação diretamente na veia. Segundo Macedo, a equipe médica decidiu manter as duas dietas por precaução. "No momento em que se puder aumentar o volume da dieta líquida sem que ele se sinta mal, eu começo a diminuir a nutrição endovenosa", disse Macedo.
O médico explicou, ainda, que a alta pode acontecer no momento em que Bolsonaro passar da dieta líquida para uma dieta cremosa e não precisar mais da alimentação na veia.
Quarta cirurgia
O procedimento cirúrgico a que o presidente foi submetido no domingo foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. A cirurgia, realizada para corrigir uma hérnia que surgiu na região do abdômen, durou cerca de cinco horas e foi considerada bem-sucedida pela equipe médica.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai. Na segunda-feira, 9, Bolsonaro recebeu também a visita do presidente em exercício, general Hamilton Mourão.