postado em 18/09/2019 04:13
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, ontem, que o imposto proposto pelo ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, similar à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, morreu no combate. ;O presidente foi contra a CPMF a vida toda. Se alguém fala em CPMF, obviamente o presidente falará que não quer, mas o que queremos não é a volta da CPMF. Era um imposto de transações diferente, mas, para que não haja mal-entendido, morreu em combate;, disse, em discurso na abertura do IV Fórum Nacional do Comércio, no Hotel Royal Tulip Alvorada em Brasília.Apesar da afirmação, ele garantiu que o governo pensará em uma outra forma de desonerar a folha de pagamento das empresas. ;Nós precisamos de uma base tributária diferente para reduzir os encargos trabalhistas. Então, temos um enigma pela frente;, disse. Segundo Guedes, um imposto sobre transações pegaria ;tudo o que se move; e poderia ser usado como compensação para reduzir os encargos trabalhistas. ;Ia gerar muito emprego, podia gerar crescimento, e quem não estava pagando, quem está na economia informal, não consegue se apresentar para pedir ressarcimento. Mas ainda temos de pensar nas diversas formas a ser feita;, ressaltou.
Guedes destacou que um imposto sobre transações simplificaria o sistema e ia arrecadar cerca de R$ 850 bilhões. Na visão do ministro, a cumulatividade dos encargos trabalhistas é mais grave do que a do imposto de transações. ;A cumulatividade da folha de pagamento chega a 14%. Já de transações, com alíquota de 0,4%, chegaria a 4%;, afirmou. Ainda segundo ele, os encargos trabalhistas seriam reduzidos de 20% para 13% ou 10%, a depender da arrecadação sobre transações.