Politica

Apesar do rompimento, ninguém do PSL deixou governo Witzel até agora

Agência Estado
postado em 19/09/2019 18:01
Enquanto os deputados estaduais do PSL do Rio ainda tentam entender como funcionará a nova relação com o governo Wilson Witzel (PSC), os dois secretários filiados ao partido do presidente Jair Bolsonaro permaneciam nos cargos nesta quinta-feira, 19. Ao contrário do que determinou o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente estadual da legenda, os secretários de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues, e de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, Major Fabiana, ainda não deixaram os cargos. A tendência é que Rodrigues continue no governo e se filie ao PSC. Nesta quinta-feira, 19, Witzel disse que os insatisfeitos do PSL "serão muito bem-vindos" no PSC. Já Major Fabiana, que foi uma indicação mais vinculada à sigla do que o secretário de Ciência e Tecnologia, deve sair do governo do Estado. Estima-se que políticos do PSL tenham feito cerca de 40 indicações para funções menores em órgãos estaduais. Desses, ninguém renunciou até aqui, estima-se na agremiação. A única sinalização explícita de desembarque envolve a vice-liderança do governo na Assembleia Legislativa (Alerj), ocupada pelo deputado Alexandre Knoploch (PSL). Ele deve deixar a função. De modo geral, porém, ainda não está claro como funcionará a relação entre o governador do Rio e o braço fluminense do PSL, muito próximo de Witzel. O governador aparece, por exemplo, ao lado do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), o mais votado do Rio em 2018. Amorim está ao lado do hoje governador na emblemática foto em que exibe, quebrada, uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros, pelas costas, em 18 de março de 2018, com o motorista Anderson Gomes. "Falar em oposição quando nós temos tantas linhas em comum acho até difícil", disse Witzel nesta quinta. Ele começou a mudar o discurso na tentativa de se posicionar como alguém mais moderado que Jair Bolsonaro para a eleição de 2022. A ordem para que o PSL desembarcasse do governo estadual foi dada porque o governador criticou Bolsonaro, disse que quer concorrer ao Planalto e negou que tenha sido eleito na esteira do bolsonarismo em 2018.

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