postado em 24/09/2019 04:14
O presidente Donald Trump fez uma breve aparição não programada ontem na cúpula climática da ONU. Trump, que expressou repetidamente dúvidas a respeito do consenso científico sobre as causas do aquecimento global provocadas pelo homem, participaria de uma conferência em separado sobre liberdade religiosa. No entanto, primeiro passou pelo plenário da cúpula climática, onde ficou apenas alguns minutos.
Dezenas de líderes mundiais estavam discutindo medidas para tentar desacelerar tendências cada vez mais perigosas nas mudanças climáticas. Trump, que retirou os Estados Unidos do Acordo Internacional de Paris para reduzir a produção de gases de efeito estufa, não fez uso da palavra.
Na realidade, o presidente norte-americano estava mais preocupado em cumprir a agenda de encontros bilaterais à margem da cúpula da ONU. Ao se reunir com o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, por exemplo, Trump apresentou uma de suas queixas mais antigas nas Nações Unidas: que é injusto nunca ter recebido o prêmio Nobel da Paz.
;Receberia um Prêmio Nobel por muitas coisas, se o concedessem de maneira justa, mas não fazem isso;, reclamou o presidente.
Trump comentou em seguida sua surpresa por seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, ter recebido esse prêmio em 2009 por seus ;extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre as pessoas;, apenas um ano depois de assumir a presidência dos Estados Unidos.
;Eles deram um a Obama imediatamente após ele assumir a presidência e ele não tinha ideia do porquê disso. Sabe de uma coisa? Essa foi a única coisa que concordei com ele;, disse Trump.
Prêmio para o Brasil
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu ontem, em Nova York, o Prêmio da Força-Tarefa Interagências da Organização das Nações Unidas (ONU). O reconhecimento foi para ações do governo brasileiro de combate ao tabaco e pela redução de mortes no trânsito. Nos últimos 12 anos, o número de fumantes no Brasil caiu 40%, passando de 15,6%, em 2006, para 9% em 2018. Entre 2010 e 2017, o país reduziu em 17,4% o número de mortes por acidentes de trânsito, de 42.844 para 35.374 óbitos.