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Polícia Federal realiza buscas em endereços de Janot em Brasília

Ação é cumprida pela PF na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (26/9), Janot disse que quase matou a tiros o ministro do STF Gilmar Mendes, em 2017

Augusto Fernandes
postado em 27/09/2019 18:32
Ação é cumprida pela PF na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Na quinta-feira (26/9), Janot disse que quase matou a tiros o ministro do STF Gilmar Mendes, em 2017 Diante das declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que revelou na quinta-feira (26/9) ter tido a intenção de assassinar a tiros o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e depois se suicidar, em 2017, a Corte autorizou a realização de buscas e apreensões em dois endereços de Janot na capital federal: na casa e no escritório de advocacia dele.

O ministro Alexandre de Moraes foi o responsável pela decisão, tomada no âmbito do inquérito que apura ameaças contra integrantes do STF. Mais cedo, o magistrado já havia recebido um pedido de Mendes para que o Supremo suspendesse o porte de arma do ex-procurador-geral e o impedisse de acessar o Supremo, em virtude das afirmações feitas por ele.

Os mandados expedidos por Alexandre de Moraes são cumpridos por agentes da Polícia Federal.

O crime que poderia mudar os rumos da história do país ocorreria em razão de críticas a filha de Janot, publicadas na imprensa. Para o integrante do Ministério Público, o magistrado quem teria espalhado as informações. Janot contou que chegou a engatilhar a arma, mas disse que os dedos ficaram dormentes na hora de disparar.

Em nota, Gilmar Mendes lamentou as revelações e disse que Janot pode ter contaminado processos com a intenção de assassinar reputações. "Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia", disse Gilmar.

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