postado em 29/09/2019 04:13
O ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo Márcio Elias Rosa rompeu a sociedade com Rodrigo Janot em um escritório de advocacia, aberto há quatro meses. A informação é do jornalista Guilherme Amado, da revista Época. Segundo a apuração do jornalista, Elias foi pego de surpresa pelas declarações do ex-PGR e se sentiu traído.Após a confissão, Rodrigo Janot tem sofrido consequências legais, como a suspensão do porte de arma, o impedimento de entrar nas dependências do Supremo Tribunal Federal (STF) e a obrigatoriedade de ficar a pelo menos 200 metros de distância de qualquer integrante da Corte, conforme definiu o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Outras medidas ainda são cabíveis. O advogado criminalista e professor universitário de direito, Victor Minervino Quintiere destaca que, seguindo o caminho da decisão de Alexandre de Moraes, Janot pode responder, em tese, por incitação ao crime e outros tipos de ilícitos penais, previstos na Lei n; 7.170. Já no âmbito da OAB, ele poderia responder a um processo administrativo disciplinar por estar inscrito no quadro de advogados.
Quintiere destaca, no entanto, que como ainda é o início de uma apuração, em que elementos serão colhidos, não se pode condená-lo antecipadamente. ;São fatos graves que merecem, no mínimo, maiores esclarecimentos;.
Aparição
Ontem, Rodrigo Janot foi visto pela primeira vez, após a revelação e as buscas da Polícia Federal na casa dele, em uma distribuidora de bebidas de Brasília, no Lago Sul. Em imagens divulgadas pela GloboNews, o ex-procurador aparece tomando cerveja no bar. Ele afirmou que deve se posicionar sobre a polêmica na próxima semana. (AR)