Agência Estado
postado em 05/10/2019 15:30
O vereador Eduardo Gordo (MDB), de São Gonçalo (RJ), agrediu o colega Professor Paulo (PCdoB) a socos durante a sessão de terça (1/10) data em que se comemora o Dia Nacional do Vereador. A agressão foi gravada pela TV Câmara de São Gonçalo.O embate na Casa de Leis do município com um milhão de habitantes da região metropolitana do Rio começou quando Professor Paulo subiu à tribuna e criticou a duração do discurso de Eduardo Gordo, que havia pedido palavra de ordem a passou na frente dele.
"Faço um apelo ao presidente: em respeito aos vereadores, quando alguém quiser fazer uma questão de ordem, que se inscreva. Até porque levou nove minutos a questão de ordem. Eu estava inscrito, mas as pessoas, a pretexto de questão de ordem, passam na frente dos outros. A questão de ordem tem um minuto, dois, não nove. Então, as inscrições estão abertas para que cada um se inscreva e faça sua fala."
Gordo passa a retrucar Professor aos gritos. "Para de palhaçada! Quem é você? Corta sua língua para falar meu nome. Quando falar meu nome, tu tem que me respeitar. Você não respeita o regimento. Não repita o meu nome"
Nesse momento, Gordo avança sobre Professor e o acerta com socos. Um homem próximo separa os dois briguentos.
"Eu quero que o senhor tome providências. Esta Casa é presidida pelo senhor; Eu estou com a fala, você use sua autoridade e cale a boca desse senhor", pede Professor a Diney Marins, presidente da Câmara de São Gonçalo.
;Eduardo, não cabe agressão;, repreende o presidente da Câmara. Gordo levanta e se retira da sessão, que segue.
Por meio de nota, o PCdoB informou que registrou Boletim de Ocorrência na 72.; Delegacia Policial, onde fez exame de corpo de delito. Veja a nota:
"A direção do PCdoB repudia de forma veemente a agressão física promovida pelo vereador Eduardo Gordo contra o vereador Professor Paulo (PCdoB), no plenário da Câmara Municipal, durante debate na sessão de ontem, dia 1; de outubro.
Incapaz de debater ideias, Eduardo Gordo costuma recorrer à truculência e à força bruta, comportamento que marca a sua vida pregressa. A utilização deste expediente rebaixa o papel da Câmara e mancha o parlamento gonçalense.
Não nos abateremos nem nos calaremos. A sociedade condena o banditismo político e é nela que encontramos força todos os dias para continuarmos a nossa luta em defesa da cidade e do seu povo.
Esperamos que o presidente da Câmara adote as medidas cabíveis, nos termos do código de ética da casa. Eduardo Gordo não merece o cargo que ocupa.
A devida ocorrência também já foi registrada na 72.; Delegacia Policial e o exame de corpo de delito já foi feito. O agressor responderá judicialmente pelo ato."
A reportagem busca contato com o vereador. O espaço está aberto para manifestação.