Politica

General Villas Bôas passa por traqueostomia e deve ter fala comprometida

O veterano de 67 anos foi submetido ao procedimento no Hospital Sírio Libanês de Brasília

postado em 10/10/2019 10:14
Os médicos fizeram uma abertura na traqueia para facilitar a entrada de arInternado há uma semana, o general Eduardo Villas Bôas, assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, enfrenta um quadro de saúde delicado. Aos 67 anos, o veterano foi submetido a uma traqueostomia no centro cirúrgico do Hospital Sírio Libanês, em Brasília, e deve ficar com a fala comprometida.

Na cirurgia, realizada na noite de quarta-feira (9/10), os médicos fizeram uma abertura na traqueia para facilitar a entrada de ar nos pulmões. Segundo a assessoria do general, embora a condição de saúde de Villas Bôas seja delicada, ele passou a manhã bem e há expectativa de alta médica. As visitas estão restritas aos familiares.

"Sua fala fica comprometida, mas como soldado que sempre foi, acostumado a vencer desafios, o que podemos esperar dele são outras vitórias em terrenos cada vez mais delicados", informou a assessoria de Villas Bôas ao Correio.

Na manhã desta quinta-feira (10/10), a deputada Bia Kicis (PSL-DF) manifestou preocupação com Villas Bôas nas redes sociais e disse que ele havia apresentado piora no quadro respiratório. ;Ele está no Centro Cirúrgico nesse instante fazendo a Traqueostomia. Vamos rezar por ele para que tudo corra bem!”, acrescentou ela.

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O ex-comandante do Exército foi internado na noite de quarta-feira (2/10), no Hospital das Forças Armadas (HFA). No dia seguinte, quinta (3), foi submetido a um exame de broncoscopia para avaliar a capacidade dos pulmões. No domingo (6), foi necessário transferir o general do HFA para o Hospital Sírio Libanês, em Brasília, onde permanece na UTI.

Carreira militar


Nascido em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 7 de novembro de 1951, o general comandou o Exército de fevereiro de 2015 a janeiro de 2019. Foi designado ao cargo pela ex-presidente Dilma Rousseff, se manteve durante o governo de Michel Temer e só saiu no início do governo Bolsonaro, principalmente por causa de complicações causadas pela Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

Villas Bôas era considerado uma voz moderada dentro do meio militar. Ele começou a figurar com mais frequência na mídia a partir de fevereiro de 2018, por causa da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, quando se tornou figura central do debate sobre segurança.

Passadas as eleições de 2018, o general influenciou fortemente na escolha dos ministros militares do governo Jair Bolsonaro. Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Fernando Azevedo e Silva, Ministro da Defesa, são ligados a ele.

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