Politica

Brasília-DF

postado em 12/10/2019 04:14


Caldeirão em observação
Partidos começaram a acompanhar com lupa o programa de Luciano Huck, nas tardes de sábado, a fim de verificar se ele ultrapassa a linha tênue que pode caracterizar, lá na frente, a chamada compra de voto ou simplesmente campanha fora de época. No último sábado, por exemplo, Huck foi ao interior de Minas Gerais, a Lagoa da Prata, às margens do Rio São Francisco, região que, no passado, foi objeto da Caravana da Cidadania do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reformou a casa de Pelé da Pipoca, um senhor devoto de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. O milésimo programa do empresário levou Seu Pelé ao santuário, mostrou a fé que move o país e ainda colocou o telespectador a pensar sobre o racismo e a necessidade de inclusão social.

Huck, assim como Lula fez no passado, também percorre o país. Coleciona histórias, conhece a população. Seu programa emociona, leva alegria, casa reformada e carros repaginados Brasil afora. Esse movimento, vindo de quem hoje busca um espaço na política, começa a incomodar potenciais adversários. E uma coisa é certa: se está incomodando, é porque a aposta no apresentador não é considerada perdida.

Calmaria aparente
Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro passaram as últimas 72 horas tentando hastear a bandeira branca no PSL. O caldo saiu ontem do ponto de fervura, mas a panela continua no fogo. O esforço agora, tanto do grupo ligado ao presidente quanto daquele mais afinado com Luciano Bivar, será no sentido de buscar um discurso para conseguir vencer o processo judicial.

Ponto de ebulição
Bolsonaro e seus aliados falam em transparência na utilização dos recursos partidários. Bivar, da sua parte, se referiu às tentativas do grupo bolsonarista de usar o partido para ;coisas não éticas;. Resta saber em quem a Justiça Eleitoral vai acreditar e dar ganho de causa.

Portos e meio ambiente I
O Porto de Itajaí (SC) foi considerado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) o de melhor desempenho ambiental, em 2018. Na sequência, Paranaguá (PR), Itaqui (MA), Pecém (CE) e Santos (SP). Não foi à toa que o maior terminal portuário do Hemisfério Sul, o de Santos, não ficou com a pole-position. Lá, a população da cidade e da Baixada Santista está em pé de guerra.

Portos e meio ambiente II
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) corre o risco de agravar ainda mais os problemas de poluição aérea e sonora na região da Ponta da Praia e de Outeirinhos, fronteiriça de regiões densamente povoadas. A Codesp pretende colocar a operação de cargas a granel (soja e fertilizantes) nessas áreas, o que gera transtornos para a população, sem falar em ratos, baratas, pombos e toda a sorte de animais indesejados.

Portos e meio ambiente III
A população pressiona para que a operação de cargas a granel fique distante das áreas povoadas, ou seja, no fundo do porto, ou nos novos terminais no Norte do país. Há portos específicos para isso no Maranhão e ferrovias construídas especialmente para desafogar o movimento no Porto de Santos.


Convidado especial/ Maria Rita, sobrinha de irmã Dulce, foi à casa do ex-presidente José Sarney, em Brasília, especialmente para entregar o convite da canonização, tão logo foi marcada a data. Desde então, Sarney providenciou própria passagem pela TAP. Ele está em Roma desde quarta-feira, e se integrará à comitiva apenas para a cerimônia. Foi convidado ainda para a missa no dia seguinte, 14 de outubro, presidida por D. Murilo Krieger, na Igreja de Santo Antonio dos Portugueses, em Roma.

Ele viu a Santa viva/ Muitos jovens se perguntam por que tanta deferência do ex-presidente na canonização de Irmã Dulce. Foi ele que, em 1988, indicou a primeira santa brasileira ao Prêmio Nobel da Paz, e sempre a visitou e exaltou sua obra.

Vale lembrar/ Irmã Dulce ainda estava viva quando Sarney deixou o governo, em março de 1990. Já naquele tempo, ele, ao entregar o cargo, esperava que fosse vaiado quando descesse a rampa do Planalto. "Ao descer, senti ao meu lado alguém. Olhei, procurava quem estava ali, e era a Irmã Dulce. Tirei o lenço e, então, sacudi o lenço como quem se despedia. E aí, de repente, aquela multidão, de um lado e de outro, que vinha para me vaiar, começou a me aplaudir. Eu não sabia nem como. Vi as pessoas chorarem. E eu dizia: ;é um milagre da Irmã Dulce!'", contou Sarney, em artigo publicado em maio.

QUE NOSSA SENHORA APARECIDA NOS PROTEJA HOJE E SEMPRE. Feliz Dia das Crianças.

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