postado em 19/10/2019 04:03
Apesar das decisões da direção do PSL, os dissidentes pretendem manter-se na luta pela liderança do partido na Câmara. O deputado Carlos Jordy disse que esperava retaliação, mas não tão rápida quanto foi. ;Eu vejo isso como uma censura a deputados que contrariaram interesses da direção do partido. Apenas pedimos, como fez o presidente Jair Bolsonaro, que o partido tivesse transparência, e não é o que está acontecendo. Até o momento, não fui notificado formalmente da suspensão. Eu soube que a comunicação das suspensões foi protocolada hoje (ontem) na Secretaria-Geral da Mesa da Câmara. Então, teremos cinco dias para nos defender. E, nesse mesmo período, poderemos trabalhar em uma lista para trocar o comando da liderança na Câmara;, afirmou
Carla Zambelli, por sua vez, disse que os colegas foram punidos por terem menos seguidores do que ela nas redes sociais. A deputada ainda não perdeu os cargos em comissões da Câmara. ;Alguns deputados perderam cargos, mas comigo eles não têm coragem de fazer isso, porque minha rede social é maior que a dos mais novos. Então, Cris Tonieto, Carlos Jordy, Alê Silva, vários sofreram sanções, mas não têm como se defender porque não têm uma rede;, disse.
A parlamentar afirmou, ainda, que houve oferecimento a deputados que querem sair sem perder o mandato. ;Sair sem nada, fundo partidário, fundo eleitoral ou tempo de TV. Eu aceitaria, mas não quero sair sozinha, sem o presidente Bolsonaro definir para onde ele vai. Se eu saio sem poder comparecer às comissões, seria como perder o mandato;, justificou.
Por meio de nota, Bibo Nunes disse que a suspensão é uma ;placa de ouro; que ele recebe, pois o partido nunca cumpriu com o que prometia. ;O PSL não cumpre com nada do que prometeu. Não tem transparência, fez um estatuto às pressas. Não é democrático. E tivemos um presidente que, na última semana, foi visitado pela Polícia Federal;, disse, referindo-se à operação em que a PF fez buscas em endereços ligados ao presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PE).