Politica

Eduardo Bolsonaro responde perguntas sobre crise no PSL

O deputado disse que o momento, agora, é de botar ''panos quentes'' na situação do partido

Luiz Calcagno
postado em 22/10/2019 17:40
[FOTO1]O novo líder do governo na Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) falou sobre a crise no PSL. Ele admitiu que existem outras listas que podem destituí-lo da liderança, mas afirmou que, por enquanto, está estável como líder, e espera que o assunto se torne página virada, no máximo, até a próxima semana.

;Eu acredito que esteja definida. Mas, como vocês estão vendo, está havendo uma sucessão de listas. Não posso garantir que não ocorrerá mais uma. Tecnicamente o que define minha liderança é a última lista protocolada. Até esse momento, a última lista é a meu favor, então, estou como líder;, afirmou.

O deputado também disse que o momento, agora, é de botar ;panos quentes; na situação. ;Eu estou evitando de falar em redes sociais, falando de maneira bem genérica com a imprensa, nominalmente, não cito nenhum deputado. Depois dessa semana, o mais tardar, amanhã, isso vai ser 100% página virada. Ninguém aguenta tanto tempo nessa discussão também. Está na hora de voltar os olhos para o Brasil, as pautas que interessam para a o país voltar a crescer, reduzir desemprego, aumentar segurança, fazer o nosso trabalho;, disse.

Questionado sobre a possibilidade de reunir a bancada do PSL depois da crise, Eduardo Bolsonaro fez como o pai, falou em casamento. ;Inspirado no presidente, vou dar um exemplo de casamento. A gente já viu até casal divorciado voltar a se casar. Porque não voltar a reunir todo mundo na bancada? Tem espaço pra gente trabalhar em relação a isso. A gente não precisa de morrer de amores um pelos outros, mas focar nas pautas que interessam ao país. Mais uma vez, me comprometo a não fazer qualquer tipo de retaliação. Não é do meu estilo. Estou vendo, do outro lado, atitudes que vão de encontro a essa questão de botar panos quentes. O pior da turbulência já passou;, garantiu.

Sobre sua possível destituição do cargo de presidente do diretório do PSL de São Paulo, ele disse, apenas, que se trata de uma decisão do Bivar e da presidência nacional. A respeito da embaixada, afirmou que ;está tudo em aberto;. ;Está tudo em aberto. Liderança, tem as listas. Embaixada, eu falo com o presidente;, afirmou.

O parlamentar evitou comentar a respeito das acusações da ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, sobre perfis falsos. Segundo a pesselista, Eduardo e o irmão, Flávio Bolsonaro atuariam nas redes sociais por meio de perfis falsos. Ela disse que há pelo menos 20 contas fakes de Instagram ligada aos filhos do presidente da República e assessores. As contas seriam ligadas a outros 1,5 mil sites também falsos, ou que gerenciam outros perfis falsos e parte dos operadores do esquema atuaria de dentro do Palácio do Planalto.

;Eu me reservo ao direito de não falar sobre Joice. Essa história está caminhando para um momento de apaziguar. Falar qualquer coisa, nominalmente, relativo a um deputado ou outro, só vai abrir a ferida e dar continuidade para essa questão que ninguém aguenta mais que é essa confusão no PSL. Se ela falou qualquer coisa, cabe a ela provar. Não a mim;, defendeu-se.

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