Politica

Frente quer barrar reforma administrativa

postado em 23/10/2019 04:25
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A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público, que tem o apoio de sindicatos, associações, federações e centrais sindicais, promete barrar, no Congresso, a reforma administrativa em estudo no governo. Integrante da frente, o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF), afirmou que o movimento, relançado nesta semana, conta com 235 deputados e sete senadores.

;O governo tem uma visão clara sobre o que deve ser o Estado. Por meio da frente, cumprimos o papel de colocar um novo ponto de vista em discussão, vamos disputar a opinião pública. Estamos numa guerra de narrativas e com visões de mundo diferentes;, disse o deputado em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria entre o Correio e TV Brasília.

O parlamentar sustentou que há uma demonização infundada e uma generalização no que diz respeito à qualidade e à eficácia do servidor público no Brasil. ;É claro que queremos corrigir distorções, nós não somos cegos às mazelas dos serviços públicos brasileiros;, ponderou.

Professor Israel afirmou que a estabilidade no emprego ; que o projeto do governo pretende flexibilizar, no caso de novos servidores ; ;é uma conquista da democracia brasileira, que permite ao servidor resistir a pressões político-partidárias que ocorrem a cada mudança de governo;.

Na entrevista, o deputado frisou que o serviço público não pode ser comparador com a administração privada, pois há uma dificuldade para individualizar o cálculo de produtividade. ;O bem produzido pelo serviço público não pode ser mensurado em recursos, em dinheiro;, disse.

Um estudo do Banco Mundial mostra que, em média, os servidores federais ganham 96% a mais que os trabalhadores da iniciativa privada para exercer funções semelhantes. Professor Israel disse acreditar que o relatório tenha sido produzido com consultorias privadas estrangeiras, que estão apoiando o governo na elaboração da reforma administrativa.

;Eles têm, geralmente, interesses na diminuição do tamanho do Estado, e essa não é a nossa visão de mundo. Nós entendemos que os ciclos de desenvolvimento econômicos vividos pelos brasileiros estão atrelados ao fortalecimento do Estado;, afirmou.

*Estagiário sob supervisão de Odail Figueiredo

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