Luiz Calcagno
postado em 29/10/2019 14:12
[FOTO1]Começou às 14h desta terça-feira (29/10) a sétima reunião da comissão parlamentar mista de inquérito que investigará o uso de fake news durante as eleições de 2018. A CPMI das Fake News, como ficou apelidada, ouvirá, hoje, o delegado da Polícia Civil Alessandro Barreto, como especialista, e o representante da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio, Carlos Felipe Almeida D;Oliveira, e o representante da Safernet, Thiago Tavares Nunes de Oliveira, como palestrantes.
Nesta quarta (30), o depoente será o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP). Ex-PSL, ele recebeu licença para deixar o partido após se desentender com o presidente da República. Bolsonaro, posteriormente, fez pouco caso e disse que não o conhecia. Na lista de ex-aliados do chefe do Executivo, figuram, ainda, a ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, e o ex-líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, que também prestarão depoimento na comissão parlamentar.
Frota já afirmou algumas vezes pelas redes sociais que trabalhará para tirar Bolsonaro do poder. ;Te coloquei aí e também vou trabalhar pra te tirar, Bolsonaro!”, disse no Twitter. A comissão mista, composta por 15 senadores e 15 deputados titulares, investiga em 180 dias a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado.
A expectativa é de desgaste para o presidente da República, mas, também há convocação de petistas. Gleisi Hoffmann (PT-PR) está na lista dos depoentes. Antes mesmo de começar as oitivas, a CPMI tem sido vista como palco de embates do governo com a oposição. Porém, o próprio presidente da comissão, senador ngelo Coronel (PSD-BA), rechaçou a ideia. ;A comissão de inquérito não foi criada para servir de arena de disputa política, mas adotará todo o rigor nas investigações e na responsabilização dos envolvidos;, afirmou.