Politica

Oposição quer manter investigação no Rio

postado em 31/10/2019 04:13
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Em entrevista coletiva na Câmara, parlamentares da oposição afirmaram ser fundamental a continuidade das investigações sobre o caso Marielle Franco, no Rio de Janeiro, uma vez que o trabalho da Polícia Civil e o Ministério Público do estado tem obtido importantes resultados. Os oposicionistas também consideraram ;precipitada e inadequada; a reação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a instauração de inquérito para investigar as circunstâncias do depoimento do porteiro.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que ele e o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), assinaram requerimento para que seja designada, no âmbito do Senado, uma comissão parlamentar para acompanhar as investigações sobre o assassinato da vereadora carioca. Rodrigues disse também que ele e Humberto Costa enviaram ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma carta pedindo que o porteiro do condomínio onde fica a residência do presidente Bolsonaro seja incluído no programa de proteção a testemunhas.

O caso dominou boa parte das discussões, ontem, nos corredores do Congresso. Enquanto a oposição tentava criar constrangimento para o governo, parlamentares da base defendiam o presidente Jair Bolsonaro.

O deputado General Girão (PSL-RN) diz repudiar totalmente a denúncia envolvendo o presidente. ;Não se pode trabalhar com denuncismo irresponsável, isso causou muito espanto e tristeza. Saber que a Justiça do Rio liberou informações dessa natureza para uma emissora de TV é complicado. Quem pagou quanto para quem? Induziram depoimento que parece que não houve em função de falta de investigação do princípio da verdade. Sabendo que ele (o presidente) estava em Brasília, como dizem que ele falou com alguém?;, questionou.

O deputado Delegado Pablo (PSL-AM) disse ter um documento provando a digital do presidente na Câmara no dia em que ele teria sido ouvido pelo porteiro no condomínio da Barra da Tijuca, no Rio. ;Vou apresentar o material para que a polícia e o Ministério Público tenham provas, e não suposições para trabalhar. O presidente não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo;, disse. (BB)

Juíza aguarda STF sobre Lula

A juíza da 12.; Vara Federal de Execuções Penais do Paraná, Carolina Lebbos, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode progredir ao regime semiaberto para o cumprimento do restante da pena de oito anos e dez meses no caso do tríplex do Guarujá, mas decidiu aguardar uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o caso. A força-tarefa da Operação Lava Jato havia pedido que o petista fosse para o semiaberto. A defesa, no entanto, insiste para que o requerimento seja indeferido. A juíza afirmou ainda que o pedido da defesa do ex-presidente para que ele não vá ao semiaberto não pode ser considerado. Lebbos disse que ;a progressão de regime não é uma faculdade do condenado, mas uma imposição legal, própria do sistema progressivo de penas adotado na legislação nacional;. Para a magistrada, não é possível ;transigir; ou ;barganhar; com o Estado.

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