Politica

Em nota, Doria repudia declaração de Eduardo Bolsonaro sobre volta do AI-5

O governador de São Paulo defende no documento que a ruptura do modelo democrático é inaceitável

Ingrid Soares
postado em 31/10/2019 17:00
[FOTO1]O governador de São Paulo, João Doria (PMDB), divulgou na tarde desta quinta-feira (31/10) uma nota de repúdio sobre a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro a respeito do AI-5. Doria defende no documento que a ruptura do modelo democrático é inaceitável. O tucano afirmou que ;conheceu de perto o mal que ditadores e ditaduras fazem às pessoas, às famílias e ao país; e que ;reviver o passado traumático da nossa história é condenar o futuro do país e do seu povo;.

"O Brasil consolidou, ao longo de três décadas, a sua ordem democrática. As instituições funcionam e toda e qualquer ameaça à conquista do Estado Democrático de Direito deve ser repelida. A ruptura do modelo democrático é inaceitável. O país quer distância dos radicais que pregam medidas de exceção e atentam contra a Constituição. Repudiamos a tentação autoritária e o silêncio de quem as patrocina. Conheci de perto o mal que ditadores e ditaduras fazem às pessoas, às famílias e ao país.

Reviver o passado traumático da nossa história é condenar o futuro do país e do seu povo. A democracia brasileira não tem medo de bravatas. O Brasil estará unido para manter as liberdades civis, a imprensa livre e as garantias fundamentais. A Nação não deixará de ter fidelidade aos seus valores democráticos;, escreveu.

O filho n; ;03; do presidente da República, afirmou, em entrevista divulgada nesta quinta-feira (31/10), que o Brasil pode voltar a ter um AI-5, ato institucional determinado durante a ditadura militar que dava plenos poderes ao então presidente, Artur da Costa e Silva.

;Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou o parlamentar, em entrevista à jornalista Leda Nagle, divulgada pelo YouTube.

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