Bernardo Bittar
postado em 05/11/2019 17:34
[FOTO1]Formalizado o pedido para punição de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) após suposta quebra de decoro parlamentar, a Comissão de Ética da Câmara terá que escolher um relator para o processo envolvendo o filho do presidente da República.
É provável que o cargo seja empurrado a algum integrante do Centrão, já que quase metade dos 21 titulares do colegiado estaria impedido de ocupar a relatoria segundo as regras da própria comissão -- cerca de 10 deputados.
Integrantes dos partidos de oposição (PT, Psol, PSB, PDT e PCdoB), que ocupam seis cadeiras na comissão julgadora, foram responsáveis pela representação contra Eduardo. Pelos critérios de exclusão, não podem ser relatores do processo. O mesmo vale para deputados eleitos pelo mesmo Estado que o requerido, São Paulo, o que tira outros dois nomes da disputa.
Outra razão de impedimento é que ninguém do mesmo partido que o requerido, o PSL, pode ocupar o cargo. Assim, duas pessoas são novamente retiradas deste páreo. Portanto, 10 nomes acabam impedidos de relatar o requerimento contra Eduardo, que pode culminar até em cassação.
Estariam aptos a relatar o requerimento protocolado nesta quarta-feira (05/10), os deputados Cacá Leão (PP-BA), Hiran Gonçalves (PP-RR), Hugo Leal (PSD-RJ), Eduardo Costa (PTB-PA), Luiz Carlos (PSDB-AP), Márcio Marinho (Republicanos-BA), Mauro Lopes (MDB-MG), Dra. Vanda Milani (Solidariedade-AC), Igor Timo (Pode-MG), Tiago Mitraud (Novo-MG). O presidente da comissão, Juscelino Filho (DEM-MA), também estaria apto. Mas não pode acumular funções.