Politica

Coronel Tadeu, do PSL, aponta vaidade como motivo de crise no partido

Entrevistado do programa CB.Poder desta quarta-feira (6/11), o deputado federal comentou sobre a crise política enfrentada pela legenda

Rafaela Gonçalves*
postado em 06/11/2019 16:55
[FOTO1]Em entrevista ao programa CB. Poder, uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense, o Deputado Federal Coronel Tadeu (PSL-SP), apontou a vaidade como um dos maiores problemas do partido, que passa por crise. "O primeiro é essa vaidade, esse ego, isso me incomoda muito", disse, fazendo referência ao fogo cruzado com troca de acusações nas redes sociais. "E incomoda ver alguns colegas que utilizam dessa prática para poder ganhar os seus likes e as suas curtidas, não uso essa estratégia", acrescentou.

Sobre o surgimento das turbulências no PSL, ele afirmou que dentro do partido não existe nenhum traidor do presidente, mas, sim, disputas por poder. "Isso é muito normal que todos os partidos tenham, o fato lamentável é que isso vazou, saiu para fora. O partido é o primeiro colocado em usar as redes sociais, nós temos muitos deputados que foram eleitos pelas redes sociais e eles simplesmente expuseram esse assunto que deveria ficar interno no partido", contou.

Para o deputado, a briga pública entre Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann já ultrapassou os limites. "Os dois estão errados, os dois deveriam no jargão, abaixar a bola, sentar e conversar. Extrapolou demais, incomoda demais, principalmente não só os deputados do PSL, mas outros deputados que realmente não veem absolutamente nada de construtivo nesses ataques." Ele ainda afirmou ter conversado particularmente com os dois para arrefecer a temperatura das discussões.

Coronel Tadeu ainda acredita que a troca de farpas entre Carlos Bolsonaro e Major Olímpio pode ser prejudicial às eleições municipais. "Nós estamos há um ano das eleições municipais, tínhamos um planejamento de fazer pelo menos 150 prefeitos a aproximadamente 400 vereadores no estado de São Paulo. (...) Eu reputo um erro realmente na administração do Eduardo Bolsonaro de não profissionalizar isso e entregar na mão de determinadas pessoas que realmente não estão construindo o partido e vai faltar tempo para a gente lá na frente construir os diretórios", avaliou.

Questionado se os filhos do presidente acabam atrapalhando a governabilidade com repercussões negativas em momento de discussão de reformas que precisam de apoio no Congresso, ele disse: "Se eu falasse para você que não, estaria mentindo. Realmente atrapalha, porque o processo político vai muito além das declarações nas redes sociais, inúmeras declarações poderiam ser poupadas."

Confira a entrevista da íntegra




* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

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