Politica

Governo envia reforma administrativa na próxima terça-feira, diz Bolsonaro

Presidente sinalizou que o Executivo ainda fecha os últimos detalhes antes do envio da matéria

Rodolfo Costa
postado em 07/11/2019 09:28

[FOTO1]A reforma administrativa do governo federal será, ;a princípio;, encaminhada ao Congresso na próxima terça-feira (12/11). É o que afirmou o presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (7/11). Ele sinalizou que o Executivo ainda fecha os últimos detalhes antes do envio da matéria, a fim de evitar uma redação que crie, desde o início, um possível desgaste junto aos parlamentares e uma consequente inviabilização da matéria.

O governo trabalha para criar, desde agora, acordos com o Parlamento a fim de encaminhar o texto mais aceito entre os congressistas. Com três Propostas de Emenda à Constituição (PEC) entregues ao Senado na última terça-feira (5), a ideia da articulação política trabalha para alinhar a proposta junto aos deputados. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que a reforma administrativa pode ser acelerada unindo-a a projetos que passaram pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A ideia é reorganizar, com novas regras, a gestão do funcionalismo em todos os entes e poderes do Brasil. Uma das pautas inegociáveis no Parlamento é uma reforma administrativa que respeite o direito adquirido dos servidores públicos, ou seja, que não impacte os atuais funcionários públicos. Bolsonaro também se mostra sensível com essa medida. Dessa maneira, a ideia é que o texto impacte somente os futuros servidores. Entre as medidas previstas para as carreiras está o fim da estabilidade.


O objetivo do governo era ter enviado o texto nesta semana, mas Bolsonaro admite ter pedido ao Congresso mais uma semana de prazo. ;A reforma administrativa, a princípio, (sai) terça-feira que vem. Pedimos mais uma semana, ;foi muita boa; notícia essa semana, mais uma semana. Até porque você tem que mandar para lá com a menor quantidade possível de arestas. Às vezes, a gente comete um equívoco;, comentou.

A conversa com a imprensa foi curta. Quando Bolsonaro começou a responder sobre a reforma administrativa, uma forte chuva pairou sobre o Palácio da Alvorada, sucedendo de uma trovejada que assustou algumas pessoas, entre elas o próprio presidente. ;De vez em quando;;, disse o capitão reformado, sugerindo aos apoiadores e jornalistas que retirassem as mãos da grade para evitar uma descarga elétrica. ;E a política tem que estar casada. Não sou dono de uma empresa. Eu estou no comando de um país que tem que servir a questões sociais, da economia, tem que ver um monte de coisa. E outra, o Parlamento;;, acrescentou, antes de terminar a coletiva.

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