O vice-presidente Hamilton Mourão comemorou o aniversário de 130 anos da República no Brasil, ontem, feriado de 15 de Novembro, e afirmou que, com a República, ;entramos em nova etapa de evolução política e social;. Para ele, o Império fez muito pela ;independência e unidade do Brasil;, mas teve que ;dar lugar a um regime mais consentâneo à realidade nacional;.
;Parabéns, brasileiros! Há 130 anos, com a Proclamação da República, entramos em nova etapa de evolução política e social. Muito fez o Império pela independência e unidade do Brasil, mas, abalado por graves crises, teve de dar lugar a um regime mais consentâneo à realidade nacional;, escreveu o general da reserva em sua conta no Twitter.
Nesta semana, o vice-presidente teve seu nome envolvido com o do ;príncipe; Luiz Philippe de Orleans e Bragança, deputado federal pelo PSL. O presidente Jair Bolsonaro teria dito, durante reunião que selou sua decisão de deixar a legenda e criar um partido, que Orleans e Bragança era quem deveria ter sido seu vice, e não Mourão.
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Mourão afirmou que pessoas presentes à reunião lhe informaram que o presidente não falou isso e que não se sente chateado com a situação. O general disse que não vê problemas se não for escolhido para compor a chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022 e reforçou seu alinhamento ao presidente. ;Eu não sou o ator principal deste filme;, frisou.
Dom Pedro II
Na contramão de Mourão, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi ao Twitter para criticar a Proclamação da República, a qual chamou de uma ;infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da história;, se referindo a Dom Pedro II, imperador deposto pelos militares na queda do Império.
;Não estou defendendo que voltemos à Monarquia, mas...O que diabos estamos comemorando hoje (ontem)? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da história (não estou restringindo a afirmação ao Brasil);, escreveu Weintraub, que ainda aproveitou para criticar a ex-presidente Dilma Rousseff.
;Para as feministas refletirem: o Império teve seus dois principais atos assinados por mulheres educadas, inteligentes e honestas! Elas nos governaram bem antes de Dilma. A Lei Áurea e Nossa Independência foram assinadas, respectivamente, pela Princesa Isabel e por Dona Leopoldina;, postou o ministro.
;O que diabos estamos comemorando hoje (ontem)? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da história;
Abraham Weintraub, ministro da Educação