postado em 16/11/2019 04:27
[FOTO1]Cargos, a próxima fronteira
Paralelamente à formação do novo partido e à liberação das emendas ao Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro terá que arbitrar a guerra entre aliados por espaços no governo, em especial, às vésperas do ano eleitoral. A briga já respinga no ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Eduardo Ramos, visto como simpático, porém, sem demonstrar habilidade para levar o Planalto a ganhar simpatias na hora de resolver as disputas entre aliados.
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No Amazonas, por exemplo, a briga esquentou. O deputado Átila Lins (PP-AM) havia emplacado na Superintendência do Incra o nome de Walter Cruz, coronel da reserva da PM. Cruz tinha ainda o apoio do deputado Delegado Pablo (PSL). O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Omar Aziz, reclamou e Cruz terminou exonerado, depois de cinco dias no cargo. Lins ficou a ver navios.
Esquece, Guedes
Em conversas reservadas, líderes afirmam que, se passar metade do pacote fiscal do ministro da Economia, Paulo Guedes, já estará de bom tamanho. Para este ano, nem isso. Faltam cinco semanas para acabar o ano legislativo e aprovar proposta de emenda constitucional no Senado e na Câmara nesse prazo é missão praticamente impossível.
;Isso a Globo não mostra;
Nos grupos de WhastApp do empresariado do Distrito Federal são recorrentes as boas notícias do governo. Nos últimos tempos, são: apreensão de cocaína bate recorde; cai número de mortes violentas; Banco Central reduz juros; Embraer tem lucro; construção civil melhora ; e por aí vai.
Entendeu, Lula?
Lula fechou a primeira semana fora da prisão ouvindo de seus principais aliados que é preciso boas maneiras nos discursos. E ele, finalmente, compreendeu que tudo o que governo deseja é vê-lo pregando o uso da força e da agitação contra o governo, incendiando as ruas.
Não o subestime
A avaliação do partido é a de que, se Lula conseguir calibrar o discurso, o PT sai na frente. Afinal, mesmo com Lula preso, os petistas conseguiram emplacar a maior bancada na Câmara.
CURTIDAS
Animou a torcida.../ Deputados do PT vibraram ao ver o ministro Gilmar Mendes (foto) dizer em alto e bom som a frase ;devemos a Lula um julgamento justo; na noite de quinta-feira, em entrevista a Mario Sérgio Conti. Sobre os métodos da Força Tarefa da Lava-Jato, Gilmar soltou um ;deixamos esse bicho crescer demais;.
; e deu esperança/ A fala sobre um ;julgamento justo; fez crescer as expectativas sobre a suspeição de Sérgio Moro, que ainda não tem data para ser votada no Supremo Tribunal Federal, mas há quem defenda que seja ainda este ano.
Candidatos salve simpatia/ Que ninguém se surpreenda se os pré-candidatos a presidente da Câmara parecerem mais cordatos em 2020 do que neste ano. É que, na primeira eleição, em fevereiro, valeu a orientação dos mais experientes. Em fevereiro de 2021, valerá a relação que cada deputado construiu na Casa.
O ;Centrão; observa/ Em 2016, foi Rogério Rosso (PSD-DF) contra Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em fevereiro deste ano, foi Jovair Arantes (PTB-GO) contra o mesmo Rodrigo. Está cristalizado na base dos partidos que o Centrão sozinho não consegue eleger um dos seus, porque a oposição, na última hora, vota no DEM de Rodrigo Maia.