postado em 25/11/2019 04:04
Algumas alas do partido bem que tentaram, mas a direção do PT, que continuará sob o comando da deputada Gleisi Hoffmann, rechaçou a ideia de colocar como palavra de ordem o ;Fora Bolsonaro;. Os petistas consideram que, até aqui, nenhum movimento social encampou essa bandeira e não será o partido de Lula que vai puxar o slogan. A ideia é renovar e fazer a polarização com oposição programática e, à exceção de Lula, deixar na ;sombra; antigos dirigentes que voltaram à cena depois de a prisão em segunda instância ser considerada inconstitucional. Estão nessa lista José Dirceu, João Vaccari Neto e Delúbio Soares, respectivamente, ex-presidente e ex-tesoureiros do Partido dos Trabalhadores.Os três participaram do 7; Congresso do PT, nesse fim de semana em São Paulo, mas não com o protagonismo dos velhos tempos. Ali, quem deu o tom foi o discurso de Lula, que falou da economia, defendeu a rejeição às medidas apresentadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como a redução de 25% dos salários dos servidores. ;Somos e seremos oposição a um governo que rasga direitos dos trabalhadores e reduz o valor real do salário mínimo, aumenta a extrema pobreza e traz de volta o flagelo da fome, que destrói o meio ambiente, que ataca mulheres, negros indígenas, população LGBT e qualquer um que ouse discordar.;
A palavra ;radical; veio acompanhada: ;Somos e seremos radicais na defesa da soberania nacional, da universidade pública e gratuita e do Sistema Único de Saúde, público, gratuito e universal;. Tudo sem, no entanto, desrespeitar a legislação brasileira. ;Nesses 40 anos, o PT disputou dentro da lei e pacificamente todas as eleições. Quando perdemos, aceitamos o resultado e fizemos oposição, como determinaram as urnas. Quando vencemos, governamos com diálogo social, participação popular e respeito às instituições;, disse Lula. ;Não fomos nós que falamos em fechar o Congresso, muito menos o Supremo, com um cabo e um soldado;, disse o ex-presidente, referindo-se à frase de Eduardo Bolsonaro na campanha, sem citar o filho do presidente. ;Aos que criticam ou temem a polarização, temos que ter a coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de Bolsonaro. Não dá para ficar em cima do muro ou no meio do caminho: somos e seremos oposição a esse governo de extrema-direita que gera desemprego e exige que os desempregados paguem a conta;, afirmou o petista.