A análise da denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o senador ocorre na Segunda Turma da Corte. Ainda faltam os votos dos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Cármen Lúcia.
De acordo com o Ministério Público, o parlamentar recebeu propina da NM Engenharia para manter Sérgio Machado na diretoria da Transpetro, subsidiária da Petrobras. A denúncia foi protocolada em 2017. De acordo com as investigações, o dinheiro teria sido repassado para os diretórios do MDB e do PSDB em Aracaju, em Alagoas e em Tocantins.
No entanto, de acordo com Fachin, na peça de acusação, não fica provado o benefício a Renan em Aracaju e Alagoas. Por conta disso, ele aceitou apenas a acusação relacionada ao Tocantins. "Caso aberta a ação, espaço para debate aprofundado seguido de contraditório. O Ministério Público aponta, ao menos em tese, fatos do crime de corrupção, oferecimento de suporte político em contrapartida de valores... Há razoáveis indícios sobre a prática de corrupção passiva suficientes a autorizar a instauração de ação penal", afirmou o ministro.
O advogado Luís Henrique Machado, que defende Renan, sustentou, no Supremo, que o cliente é alvo de perseguição. O defensor afirmou que "Sérgio Machado não se lembra de ter recebido propina da NM Engenharia", e que a PF não aponta que "não há elementos para sustentar a denúncia".