Politica

Fachin vota para tornar Renan Calheiros réu por corrupção

Após a manifestação do ministro, no entanto, a sessão foi suspensa e o caso será retomado na próxima quarta-feira (4/11)

Renato Souza
postado em 26/11/2019 19:41
[FOTO1]O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta terça-feira (26/11), a favor da abertura de ação penal contra o senador Renan Calheiros, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava-Jato. Após a manifestação do ministro, no entanto, a sessão foi suspensa e o caso será retomado na próxima quarta-feira (4/11).

A análise da denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o senador ocorre na Segunda Turma da Corte. Ainda faltam os votos dos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Cármen Lúcia.

De acordo com o Ministério Público, o parlamentar recebeu propina da NM Engenharia para manter Sérgio Machado na diretoria da Transpetro, subsidiária da Petrobras. A denúncia foi protocolada em 2017. De acordo com as investigações, o dinheiro teria sido repassado para os diretórios do MDB e do PSDB em Aracaju, em Alagoas e em Tocantins.

No entanto, de acordo com Fachin, na peça de acusação, não fica provado o benefício a Renan em Aracaju e Alagoas. Por conta disso, ele aceitou apenas a acusação relacionada ao Tocantins. "Caso aberta a ação, espaço para debate aprofundado seguido de contraditório. O Ministério Público aponta, ao menos em tese, fatos do crime de corrupção, oferecimento de suporte político em contrapartida de valores... Há razoáveis indícios sobre a prática de corrupção passiva suficientes a autorizar a instauração de ação penal", afirmou o ministro.

O advogado Luís Henrique Machado, que defende Renan, sustentou, no Supremo, que o cliente é alvo de perseguição. O defensor afirmou que "Sérgio Machado não se lembra de ter recebido propina da NM Engenharia", e que a PF não aponta que "não há elementos para sustentar a denúncia".

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