Politica

Izalci critica projeto que incorpora Polícia Militar às Forças Armadas

O senador foi o entrevistado do programa CB.Poder desta quarta-feira (27/11)

Gabriel Pinheiro*
postado em 27/11/2019 18:44
[FOTO1]O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que defende todas as pautas de interesse da segurança pública. O senador foi convidado do programa CB.Poder ; parceria do Correio com a TV Brasília desta quarta feira (27/11). "Não podemos esquecer a Polícia Militar. O aumento do Fundo Constitucional que está previsto fará com que haja um aumento dos salários. Porém, a proposta de reajuste não é imediata, ela é parcelada;, disse o senador.

Sobre o Projeto de Lei n; 1.645/2019 das Forças Armadas, que incorporam a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, Lucas diz que isso de certa forma prejudicou o DF, pelo fato de já existir essa integralidade. "Por isso também é que nós agilizamos esse pedido desse processo com o Governo do Distrito Federal para que eles encaminhassem imediatamente o aumento que compensasse a perda salarial dos policiais, e não podemos admitir em um momento como esse, os policiais perderem recursos."

Sobre o Fundo Constitucional do Distrito Federal, o senador afirmou que "por mais que Goiás sempre questione e sempre queira um pedacinho lá para região metropolitana, ele já não é suficiente para nós. Não estão sobrando recursos, para mim já não tínhamos nem que discutir isso, nós não aceitamos a repartir o nosso fundo. O nosso destinado para o DF e é diferente do fundo dos estados e municípios, o deles é repassado integralmente o nosso é organizado e mantido pela União".

Quando perguntado sobre uma possível candidatura para o Palácio do Buriti, o senador disse que acredita que nenhum governador deveria começar a discutir eleição com três anos de antecedência. "Não é bom para a gente, não é bom para governador e não é bom para a sociedade. Essa questão eleitoral, ela tem que ser discutida no momento correto."

Sobre o senador suplente Luís Felipe Belmonte estar trabalhando na construção do novo partido do presidente Jair Bolsonaro, Aliança Pelo Brasil, ele afirma que foi procurado pelo grupo antes de o mesmo ser "o partido do presidente da República". "Como eu disse, está muito cedo ainda para definir e discutir questões eleitorais. Porém, existem muitos parlamentares que querem mudar de partido e essa oportunidade será a de partir para a criação de um." Ele afirma, porém, que é "óbvio" que o PSDB tem a intenção de ter uma candidatura para a Presidência nas próximas eleições e que existe um grande potencial e pessoas qualificadas para concorrer.

Sobre a expectativa de que o filho mais novo do presidente, Jair Renan, participe desse novo partido, o senador avalia que acaba sendo mais um partido familiar. "É natural que um presidente que acabou de ter uma desavença com o partido dele, tenha pelo menos o controle da nova legenda." Izalci afirma que "infelizmente" os partidos ainda têm donos. "Hoje, o PSDB, PT e o PMDB talvez sejam um pouco mais democráticos, não é uma só pessoa que comanda totalmente o partido, mas em relação ao restante, todos têm dono."

Em relação aos conflitos entre o Judiciário e o Legislativo, o senador conta que a principal pauta e principal objetivo no momento é de aprovar a prisão após condenação em segunda instância. "Não adianta a gente fazer como queriam, aprovar o projeto de lei hoje e chegar amanhã na Câmara para ser arquivado e depois questionado no Supremo."

Ele diz que vai ser criada uma comissão especial no Senado para acompanhar passo a passo a emenda constitucional. "Há um consenso entre todo mundo de que a prisão tem que ser na segunda instância, mas isso tem que ser por meio de um consenso entre a Câmara e o Senado. Não adianta só atender a rede social e o que estão pedindo e daqui a pouco arquivarem no Senado ou vice-versa. Tem que ser feito em conjunto;, destaca o senador.

Confira o programa na íntegra:






* Estagiário sob supervisão de Vicente Nunes

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