Maria Eduarda Cardim
postado em 27/11/2019 11:45
[FOTO1]De volta à Câmara dos Deputados para participar de uma audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural nesta quarta-feira (27/11), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu a legislação brasileira, ao enfatizar que o governo do presidente Jair Bolsonaro é exemplo de conciliação da proteção do meio ambiente com a produção agropecuária.
;Esse é o governo da conciliação entre a produção agropecuária e o meio ambiente. A orientação desde o primeiro dia do presidente Jair Bolsonaro é de harmonizar esse setor da nossa economia com o meio ambiente. Esse é o setor que sustenta a economia brasileira ano após ano e que no Brasil, ao contrário de outros países, encontra absoluta sinergia entre a produção e preservação ambiental;, afirmou o ministro.
O foco do discurso inicial de 24 minutos de Salles foi justamente a defesa da legislação já vigente no Brasil. Para defender a conciliação entre a produção agropecuária e a preservação do meio ambiente, Salles citou o Código Florestal Brasileiro, que estabelece no Brasil, por exemplo, as reservas legais.
;O Código Florestal estabeleceu no Brasil a reserva legal, que é uma restrição inexistente em nenhum outro país. Nenhum outro país tem uma restrição a produção, sequer, parecida com a que temos no Código Florestal Brasileiro. Já na lei de cara temos um marco legal muito a frente do que muitos países que criticam o Brasil e o agronegócio brasileiro;, defendeu.
Para Salles, o que difere o Brasil de outros países, é a miséria e pobreza, que é vista por ele, como responsável para que os cuidados ambientais, às vezes, sejam deixados de lado pela sociedade. ;É o sentimento de necessidade e falta de recurso que joga a pessoa para ilegalidade ou para o desrespeito a normas administrativas. Se ela tivesse condições melhores poderia estar cumprindo estas normas de maneira mais adequada;, reforçou.
De acordo com o gestor do Ministério do Meio Ambiente, há uma riqueza da biodiversidade brasileira, que precisa ser monetizada. ;Encontramos essas riquezas nas nossas unidades de conservação. É preciso pensar em como fazer com que elas gerem benefício para a sociedade? Nós temos um índice de visitação dessas unidades muito baixo, por exemplo. Aquilo que podia ser uma forma de receita não traz os resultados que poderia trazer;, pontuou.
O ministro pode voltar a Câmara dos Deputados nesta quinta (28/11) para um seminário sobre as recentes queimadas e o desmatamento na Amazônia promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Salles é um dos convidados do evento, mas a agenda oficial do ministro ainda não confirmou a presença do gestor no seminário.