postado em 28/11/2019 04:04
[FOTO1]Projeto anti-Dallagnol
Os partidos de centro encontraram um meio de tirar os procuradores da Lava-Jato, juízes e policiais das eleições por, pelo menos, seis anos. Esse é o período de quarentena fixado no projeto do deputado Fábio Trad (PSD-MS) para que um procurador ou juiz possa disputar eleições depois de deixar o cargo.
A proposta é bem-vinda pelo PSD, PP, PL e Solidariedade. A ideia é tentar votar ainda este ano.
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Para a eleição de 2020, a proposta, se aprovada, pode atingir, por exemplo, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar, pré-candidato a prefeito de Maceió. Para 2022, o maior alvo é Deltan Dallagnol, o procurador da Lava-Jato que sofreu uma advertência por declarações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No caso das candidaturas a prefeito ou vereador, pode até gerar discussão, uma vez que falta menos de um ano para o pleito. Quanto aos procuradores que sonham com um vaga de deputado federal ou senador, há tempo de sobra para aprovação.
O plano A do PT
Com o ex-presidente Lula condenado em segunda instância mais uma vez, cresce entre os petistas a certeza de que a única saída para tornar Lula candidato é conseguir anular as condenações no Supremo. Há, inclusive, quem diga que o fato de o TRF-4 ter estipulado a pena de 17 anos pode ajudar. Afinal, criminosos mais perigosos que o petista já receberam penas menores.
E o plano B
Se Lula não puder ser candidato, será chamado o detentor da ;senha 02;, hoje, nas mãos dos baianos ; no caso do governador da Bahia, Rui Costa, ou o senador Jaques Wagner.
Haddad é 05
Depois dos baianos, segue a fila com os governadores do Ceará, Camillo Santana; e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que, embora não seja petista, é visto como uma boa opção. Depois de todos esses é que uma ala do PT inclui Fernando Haddad, o ex-prefeito de São Paulo.
Papai Noel, coelhinho da Páscoa, fada dos dentes...
O fato de os petistas colocarem Haddad com a senha número 05, dizem alguns, tem um objetivo: levá-lo a concorrer à Prefeitura de São Paulo. Assim, se perder, o partido ficaria em dívida com o candidato. Ahã.
Deu motivo
Antes mesmo da punição a que foram submetidos ontem, os deputados do PSL aliados a Jair Bolsonaro já pensavam em ingressar no Tribunal Superior Eleitoral para pedir o mandato sob a alegação de descumprimento do programa do partido e de perseguição. Agora, vão acelerar esse processo.
Teste dos cassinos/ O deputado Eduardo Bismark (PDT-CE) aproveitou a votação do projeto clube-empresa, para os times de futebol adotarem gestão empresarial, e apresentou uma emenda para permitir a abertura de cassinos em áreas de resorts. ;Eu não tenho esperanças de aprovação, mas assim, pelo menos, abrimos a discussão;, diz ele.
Se não correr, perde/ O Japão está abrindo cassinos agora e donos de hotéis que pretendiam investir nesse setor de jogos de azar no Brasil começam a se voltar para a Ásia: ;Se não aprovarmos logo, vamos perder investimentos e empregos;, diz o deputado.
Acabou/ Os líderes reclamavam ontem, em conversas reservadas, que o episódio dos vetos (leia no Blog da Denise em www.correiobraziliense.com.br) foi a terceira quebra de acordo no Congresso este ano. Ou seja, não dá mais para confiar.
Depois da Aliança pelo Brasil.../ Por enquanto, os caciques das agremiações de centro dizem que a intenção deles ao lançar a campanha sobre as vantagens do Centro é apenas criar um movimento para mostrar a importância do grupo para o sucesso de um regime democrático como o brasileiro. Partido mesmo, unindo todas as legendas, há quem diga que só sai em 2021, e olhe lá.