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Governo pode enviar projeto que permite contratação temporária sem concurso

MP, que tratava do assunto, perdeu a validade nesta terça-feira (30/6). Assim, Ministério da Economia não descarta enviar ao Congresso um projeto de lei para retomar as novas modalidades de contratação simplificada

Alessandra Azevedo
postado em 07/12/2019 16:07
MP, que tratava do assunto, perdeu a validade nesta terça-feira (30/6). Assim, Ministério da Economia não descarta enviar ao Congresso um projeto de lei para retomar as novas modalidades de contratação simplificadaO governo estuda enviar um projeto de lei para ampliar as possibilidades de contratação temporária em órgãos públicos, sem precisar de concursos, e permitir que servidores aposentados sejam readmitidos por tempo determinado, com novas regras. A Medida Provisória (MP) 922/2020, que tratava do assunto, perdeu a validade nesta terça-feira (30/6).

Como o Planalto não pode editar mais de uma MP com o mesmo conteúdo em um mesmo ano, o Ministério da Economia não descarta enviar ao Congresso um projeto de lei para retomar as novas modalidades de contratação simplificada. Segundo a pasta, "o assunto está sendo analisado". A Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP) "está estudando as próximas ações que poderão ser realizadas".

Alguns órgãos já tinham publicado editais para ex-servidores nos últimos três meses, antes que a medida perdesse a validade. Os contratos assinados no período continuam valendo até o prazo final firmado no documento, mas não poderão ser renovados.

O INSS publicou o edital ainda em março, no dia 30, para ex-servidores civis e militares. Mais de 3 mil foram contratados para ajudar no atendimento e na análise de benefícios até 31 de dezembro de 2021. O pagamento será por produtividade, de acordo com o número de demandas atendidas, mas a medida prevê também que seja por horas trabalhadas.

O presidente da autarquia, Leonardo Rolim, considera o prazo suficiente para o órgão, mas disse ser "completamente a favor" de um projeto que amplie a possibilidade de forma permanente. O governo anunciou a MP em 2 de março, como estratégia para diminuir a fila do INSS, que chegava a 2 milhões de pedidos de aposentadoria, pensões e auxílios sem resposta.

Medida provisória

A legislação atual já prevê desde 1993, pela lei 8.475/93, que o governo contrate funcionários de forma temporária, sem concurso, em casos de ;necessidade temporária de excepcional interesse público;. Seria em situações de calamidade pública, epidemias, censos demográficos e para vagas de professores estrangeiros, substitutos e visitantes.

A MP passava a permitir, por exemplo, contrato temporário para atividades que ficarão obsoletas no curto e médio prazo, que seriam definidas pelo governo. O texto também previa contratação de técnicos por prazo determinado, para atuar em situações sazonais, como eleições e campanhas de vacinação, e para ajudar a diminuir o volume de trabalho acumulado, como no INSS.

Pela MP, as contratações temporárias poderiam durar até quatro anos. O texto previa, no entanto, prorrogações que poderiam estender a duração por até oito anos, no total, em algumas situações. A matéria não era consenso entre os parlamentares e recebeu 186 sugestões de mudanças, por emenda.

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