Politica

''Não é o partido que vai pedir o mandato. É o suplente'', diz Bivar

A afirmação ocorreu na entrada da liderança do partido na Câmara, na reunião que oficializará Joice Hasselmann (SP) como líder da agremiação na Câmara

Luiz Calcagno
postado em 11/12/2019 14:33

[FOTO1]O presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE) disse que o partido não tem gerência sob o direito de suplentes de pedirem a vaga de parlamentares infiéis à legenda. A afirmação ocorreu na entrada da liderança do partido na Câmara, na reunião que após a suspensão de 14 dissidentes, incluindo o filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro.

"São problemas regimentais que transcendem o desejo de um partido de fazer dessa ou daquela maneira. Qualquer candidato que cometa infidelidade e é expulso de um partido, não é o partido que vai pedir o mandato. É o suplente, que está nonseu lugar de origem. Se a gente pudesse dar uma alforria e garantir isso, mas a gente não pode. É um direito legítimo do suplente" disse Bivar.

"O partido está orgânico. As pessoas que querem sair já manifestaram isso. Estamos juntos em benefício do Brasil, em benefício do país, dentro das pautas reformistas, então é o que estamos pretendendo e essa vai ser a linha da nossa líder, a Joice", completou.

O presidente do PSL também comentou a relação do partido com o presidente. Disse que o partido seguirá apoiando as reformas econômicas liberais, mas que não é base do governo. Ele evitou comentar a afirmaçãode Jair Bolsonaro que, sem citar nomes, disse que parlamentares do partido são "traíras".

"Não muda nada. Continuamos alinhados às reformas que o país precisa. A relação com o presidente sempre foi amigável com relação às pautas do governo. Acho que não tem nada que possa ser diferente. O PSL não faz parte da base, mas apoia as pautas reformistas. Isso o PSL faz. É uma tendência de 20 anos", garantiu.

Bivar fez questão de ressaltar que o partido se manterá fiel às propostas de campanha de seus parlamentares. "Fizemos uma campanha, elegemos vários deputados, dentro dessa linha. Temos que preservar. Somos liberais. Não aproveitamos nenhuma janela para fazer valer as eleições. Somos liberais por convicção. Toda classe produtiva, empreendedora, estará certa que tem um partido político alinhado à classe, em benefício de criar riquezas e, consequentemente, trabalhos", disse.

Também destacou que sentimentos pessoais não poderão intervir nas relações institucionais do PSL. "Nossa situação hoje é ajudar as reformas. Sentimentos pessoais estão fora de discussão. Nós, que fazemos o PSL, sempre estivemos em paz. As pessoas que se comportaram como ativistas fora do programa do partido, isso é um problema de cada um. A gente lamenta que haja dissidentes, mas o PSL jamais perdeu sua linha", argumentou.

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