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''Todo ano tem esse aumento'', diz Bolsonaro sobre preço da carne

Presidente não negou a alta dos preços, mas afirmou que isso não aconteceu só no Brasil e que essa época do ano é comum que haja elevação nos valores

[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro comemorou, mais uma vez, na noite desta quinta-feira (12/12) a melhora econômica e a redução da taxa Selic, que está em 4,5% ao ano. Ao lado do presidente da Caixa Econômica Federal e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em live transmitida pelo Facebook, o chefe do Executivo ressaltou que busca não intervir na economia. ;Acho que a economia está dando certo, porque eu não entendo de economia. Eu não sei, eu não meto a mão;, afirmou.

Bolsonaro, no entanto, admitiu a alta dos preços da carne e buscou justificar os preços dizendo que é normal uma variação neste período do ano. "Todo ano nessa época, novembro e dezembro, há aumento da carne, não tanto quanto agora, mas há esse aumento", disse.

Ele acrescentou que a tendência é que, daqui a alguns meses, os preços caiam. "Vamos abrir o mercado para o mundo todo. E deixar uma coisa bem clara: o preço da carne não aumentou só aqui não;, afirmou, citando o aumento das exportações do produto, o que tem contribuído para a elevação do preço.

Bastante satisfeito com os resultados econômicos, o presidente ressaltou ainda as reduções de juros anunciadas pela Caixa no crédito imobiliário e no cheque especial. "Eu não estou fazendo campanha da Caixa não, se bem que acabei de abrir uma conta lá", brincou. De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o banco ganhou mais de 1 milhão de clientes nos últimos 45 dias. "A Caixa nunca esteve tão forte. Nunca teve tanto lucro", afirmou.

BNDS

Durante a transmissão, o presidente do BNDS, Gustavo Montezano, ressaltou que o banco pretende investir menos nos grandes empresários e mais nos cidadãos. "O banco era focado no lucro, agora é focado em melhorar a vida do brasileiro", garantiu.

Bolsonaro aproveitou para criticar o financiamento feito pelo banco no Porto de Mariel, em Cuba. "Qual a exportação de Cuba? Charuto? O povo lá tem um salário médio de US$ 20. O que esse povo tem para poder comprar produto importado? Para que esse porto de primeira? Certamente foi a questão ideológica", criticou.