Politica

Bolsonaro enaltece Forças Armadas em defesa à soberania sobre a Amazônia

A clara defesa à soberania sobre a região ocorre dias depois do presidente ter sustentado o desenvolvimento sustentável na floresta

Rodolfo Costa
postado em 13/12/2019 10:59

[FOTO1]O ;devido valor; às Forças Armadas é a garantia de que a Amazônia é do Brasil. Com essas palavras, o presidente Jair Bolsonaro destacou, nesta sexta-feira (13/12), em cerimônia alusiva ao Dia do Marinheiro, no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (GptFNB).

A clara defesa à soberania sobre a região ocorre dias depois de ele ter sustentado o desenvolvimento sustentável na floresta, com direito a provocações à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (Cop-25), à ativista sueca Greta Thunberg e ao ator e ativista Leonardo DiCaprio.

O discurso foi sucedido do pronunciamento do comandante da Marinha, almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior. Ao homenagear o patrono da Força, almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, Barbosa sustentou a necessidade em estar sempre prontos para combater as ;complexas ameaças; ao Brasil, observando a instabilidade do cenário nacional versada por ;terceiros; em ;assuntos externos;.

Ao referenciar a necessidade do combate à pirataria e ao tráfico de drogas e armas, Barbosa também citou ;os crimes ambientais de grande repercussão midiática; e ;as questões indígenas e ambientais manipuladas;. ;De forma a continuar a defender os interesses nacionais, a invicta Marinha de Tamandaré continuará firme no rumo de permanente prontidão para atuar onde e quando for necessário, em destaque à participação da Operação Verde Brasil, a qual auxiliou o Exército e a Força Aérea no combate aos focos de incêndio na Amazônia;, destacou o comandante, que, depois, citou a importância de zelar pela soberania, a defesa científica, econômica e ambiental brasileira.

O presidente da República pegou o embalo do discurso e, em meio ao seu pronunciamento, comentou que o Brasil é um dos países mais ricos do mundo. ;Temos o que os outros, em grande parte, não têm. temos a cobiça internacional sobre essas nossas riquezas;, comentou, emendando o discurso com a defesa à soberania brasileira na região amazônica. ;E prezado vice-presidente da República (Hamilton Mourão), dando devido valor a essas Forças, teremos a garantia de que a Amazônia, realmente, é nossa;, destacou.

A Zona Franca de Manaus, continuou Bolsonaro, é uma resposta ao mundo da soberania brasileira sobre a região. ;Idealizada lá atrás por Juscelino (Kubitschek) e concretizada por (Humberto) Castelo Branco, é uma maneira de mostrarmos que temos preocupação e queremos que a Amazônia não sofra cobiça internacional;, ponderou. Para Bolsonaro, as principais potências estrangeiras têm ambição em explorar as riquezas brasileiras.

Sanha

Em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) na quarta-feira (11), ele detalhou o pensamento. ;A sanha, a maneira como se ataca essa questão ambiental, virou uma política econômica. O único país do mundo que agride o meio ambiente, que faz mal, é o Brasil, segundo eles, enquanto é exatamente o contrário. Ninguém tem área tão preservada quanto a nossa. Pergunte o tamanho da nossa mata ciliar, (...) mas pergunte em palmos, não em metros;, sustentou.

Na mesma solenidade organizada pela CNI, ao lembrar que revogou decreto de 2009 que impedia o cultivo da cana-de-açúcar na Amazônia por conta de um zoneamento ecológico em biomas sensíveis, Bolsonaro adotou tom irônico ao se referir ao Cop 25. ;Sabiam que, no estado do Amazonas, era proibido plantar cana-de-açúcar por decreto presidencial? Espero que o pessoal da Cop não queira me acusar de querer substituir a floresta amazônica por um grande canavial;, disse.

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