Ingrid Soares
postado em 13/12/2019 16:56
[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (13/12) que vai insistir para ter o jornalista Sérgio Camargo de volta na presidência da Palmares. Por meio das redes sociais, ele ressaltou que a suspensão de nomeação ocorreu unicamente por decisão da Justiça.- O afastamento de Sérgio Camargo da Fundação Cultural Palmares se deu por causa de DECISÃO JUDICIAL. Caso nosso recurso seja vitorioso, EU O RECONDUZIREI à presidência da Fundação.
; Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro)
;O afastamento de Sérgio Camargo da Fundação Cultural Palmares se deu por causa de decisão judicial. Caso nosso recurso seja vitorioso, eu o reconduzirei à presidência da Fundação;, escreveu o chefe do Executivo. A declaração foi postada acompanhada de um vídeo em que Camargo reafirma que o Dia da Consciência Negra tem que acabar. ;Isso não é uma data do negro, é uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e divisão racial;, disse.
Anteriormente, Bolsonaro já havia defendido a indicação de Sérgio para a pasta:
;Excelente! Excelente! Não vou entrar em detalhes porque vocês deturpam tudo isso aí. Não tem essa história de branco e negro. Nós somos iguais e ponto final;, comentou. ;Não vou falar o detalhe. Gostei muito dele;, completou.
A Justiça Federal do Ceará suspendeu a nomeação de Sérgio para o cargo, mas a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um recurso no Tribunal Regional Federal da 5; Região (TRF-5) para reverter a decisão.
O jornalista foi nomeado no dia 27 de novembro para chefiar a Fundação Palmares, criada para defender e fomentar a cultura e manifestações afro-brasileiras. A escolha do nome, no entanto, gerou polêmica uma vez que o mesmo costumava utilizar as redes sociais para desferir comentários racistas.
Saiba mais
No dia 4 de dezembro, o juiz federal substituto Emanuel José Matias Guerra, da 18; Vara Federal de Sobral (CE), suspendeu o ato afirmando que a nomeação "contraria frontalmente os motivos determinantes para a criação" da Fundação Palmares e põe a instituição "em sério risco", visto que a gestão pode entrar em "rota de colisão com os princípios constitucional da equidade, da valorização do negro e da proteção da cultura afro-brasileira".