postado em 14/12/2019 04:41
[FOTO1]A emenda mais importante de 2019
Em termos políticos, a emenda constitucional mais importante é a da transferência especial promulgada esta semana pelo Congresso, a ponto de o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, marcar uma sessão de final de tarde apenas para promulgar o texto. É que, a partir de agora, com esses repasses diretos, os ministros se tornam ;obsoletos; para os deputados, uma vez que as solenidades de assinaturas de convênios cairão em desuso. Os chamados ;pires na mão; de prefeitos em busca de verbas em Brasília também serão voltados não mais aos ministérios e, sim, aos parlamentares que vão indicar para onde irão as verbas.
Em tempo: nunca antes na história deste país um governo federal perdeu poder tão rápido no que tange à distribuição de recursos para os municípios. Algo que começou com Eduardo Cunha, que aprovou o Orçamento impositivo para as emendas individuais de deputados e senadores, a fim de tirar poder do governo Dilma, agora se consolida com a emenda constitucional dos repasses diretos.
Grave de qualquer jeito I
No início da noite, a deputada Bia Kicis (DF) colocou em seu Twitter uma denúncia feita pelo deputado Otoni de Paula de que o governador do Rio, Wilson Witzel, estaria forjando provas, gravações de conversas sob encomenda para exibição na tevê, a fim de envolver a família Bolsonaro no caso Marielle.
Grave de qualquer jeito II
Os oposicionistas consideram que os aliados de Bolsonaro querem se adiantar para fazer valer a versão de que tudo não passa de armação do governador. Os aliados juram que Witzel está jogando sujo para esconder as mazelas de seu próprio governo. O resultando dessa briga é o desgaste de ambos.
;Passou da caça;
É assim que muitos políticos estão se referindo ao estilo João Doria de construção de uma candidatura presidencial. A expressão se refere ao esporte inglês, em que os cachorros correm em busca das caças e saem em tanta velocidade que ultrapassam o objetivo e tentam voltar, atropelando os demais.
Levantamento da
XP preocupa ministros
Setores do governo ficaram alarmados com a avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro registrada pela pesquisa XP Investimentos. Ficou em 39%, enquanto a positiva é de 35%. A esperança é de que os últimos resultados positivos da economia resultem em melhora dos números.
Continuam bem na fita/ O ministro da Justiça, Sérgio Moro, o mais popular do governo, perdeu pontos de avaliação positiva desde o início do governo, segundo a pesquisa XP. Baixou de 67% para 53%, mas ainda está melhor do que o chefe dele, Jair Bolsonaro, que era de 60% em janeiro e hoje está em 50%. Ainda assim, nenhum dos dois tem do que reclamar, uma vez que têm uma avaliação positiva de metade dos entrevistados.
Salles na berlinda/ O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (foto), que está na reunião do clima da ONU, a COP25, não teve um minuto de sossego desde que assumiu o cargo. E, agora, para completar, arrisca sair de Madri como quem foi apenas ;atrás de dinheiro;, e não de respostas para a crise ambiental. Pelo menos é isso que o Greenpeace faz questão de espalhar mundo afora. Não à toa, é visto como aquele que tem a pior avaliação do governo.
Nova CPI para 2020/ Vem aí a comissão parlamentar de inquérito do programa mais médicos. A iniciativa, de autoria da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF), ex-vice-presidente da CPI do BNDES, é para saber se houve algum esquema de corrupção nos repasses de recursos para Cuba. Falta só o ;sim; do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Sinais/ A contar pelo discurso que fez durante almoço do grupo Lide Empresarial do DF, o governador do DF, Ibaneis Rocha, pretende mesmo concorrer à reeleição em 2022. Ele falava do final do mandato, quando vai buscar o ;reconhecimento da população do DF;. Para muitos na plateia, está dado o recado. E, pelo discurso elogioso que o governador recebeu do presidente da Lide, o empresário Paulo Octávio, as empresas de Brasília estão bastante animadas com as perspectivas. Vejamos os próximos três anos.