[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro criticou os R$ 2 bilhões aprovados pelo Congresso para o fundo eleitoral e, a apoiadores, demonstrou incômodo em sancionar o trecho. Ele associou o desconforto à destinação de R$ 202,2 milhões ao PT e PSL, ambos alvos de críticas. Sem confirmar o veto ou a sanção ao fundo, ele instigou os apoiadores a protestarem contra a proposta, questionando se veta ou sanciona, em provocação que sugere ameaça e possível veto.
Ao lembrar que o PT o acusou de abuso de poder econômico durante as eleições de 2018, Bolsonaro sinalizou o incômodo em conceder recursos para o partido ;fazer campanha contra a gente;. ;Vamos supor que seja aprovado, tá, supondo. O PT vai ganhar R$ 200 milhões para fazer campanha contra a gente;, criticou. Em seguida, citou o PSL. ;Pessoal daquele PSL lá, que mudou de lado, também vai pegar R$ 200 milhões. R$ 200 milhões para o PT e o PSL fazer campanha;, acrescentou.
Os R$ 2 bilhões previstos para o fundo no Orçamento de 2020 representam uma alta de 17,6% em relação a 2018. ;O PT fez representação contra mim no TSE por abuso de poder econômico. Olha, o fundão foi R$ 1,7 bilhão no ano passado. Meu partido, PSL, pegou R$ 10 milhões disso aí. Não usei nada. Fiz uma vaquinha e arrecadamos R$ 4 milhões, gastei R$ 2 milhões. E eu estou sendo acusado de abuso de poder econômico;, ironizou, antes de ;jogar para a galera;. ;Acham que tem que vetar ou sancionar os R$ 2 bilhões de fundo partidário (eleitoral)?;, questionou.
As críticas de Bolsonaro ao PT dizem respeito à ação conduzida pela campanha do petista Fernando Haddad, que entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a campanha do atual presidente por abuso de poder econômico. Na representação, o partido pediu a inelegibilidade da chapa atribuindo o auxílio via outdoors de apoio espalhados pelo país ao então presidenciável.