Politica

Senador se defende

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 20/12/2019 04:04
Em vídeo nas redes sociais, parlamentar disse ser vítima de perseguição

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) publicou ontem um vídeo nas redes sociais para se defender das acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Ele negou envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro associado à prática de ;rachadinha; ; recebimento de parte dos vencimentos de funcionários ; à época em que era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Além de negar as acusações, o primogênito do presidente Jair Bolsonaro criticou o vazamento das informações do processo, que corre em segredo de Justiça. Ele também se disse vítima de uma perseguição. Segundo o parlamentar, depósitos no total de R$ 2 milhões na conta do seu ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz, foram feitos em um período de 12 anos. Flávio assegurou não ter relação com os fatos.

;Grande parte, a maioria esmagadora desses recursos são (sic) oriundas dos próprios parentes dele que trabalhavam lá também. Ele já falou isso publicamente, que geria os recursos da família. A família depositava o dinheiro em sua conta e ele fazia o que queria com o dinheiro. O que é que eu tenho a ver com isso?;, questionou o parlamentar.

Flávio negou também que tenha usado uma loja de chocolates, de sua propriedade, para lavar dinheiro. O senador e a mulher, Fernanda, são sócios em uma franquia no Via Parque Shopping, na Barra, Zona Oeste do Rio.

;Agora estão atacando a minha loja de chocolates, que foi comprada com recursos meus e da minha esposa. Tudo declarado no Imposto de Renda e informado à Junta Comercial (...). Se eu quisesse lavar dinheiro iria abrir uma franquia, que tem um controle externo da franquiadora e auditoria? Iria abrir uma outra atividade qualquer que não devesse satisfação para ninguém. Se eu fosse vagabundo, como muitos pensam, você acha que eu ia estar preocupado em abrir uma franquiazinha, um negócio particular fora do meu mandato? Eu sempre fiz tudo direitinho dentro da lei;, afirmou o senador na gravação.

Ele acrescentou que depósitos feitos pelo PM do Rio Diego Sodré de Castro Ambrósio na conta da loja de chocolates, no total de R$ 21,1 mil, se referiam ao pagamento de produtos do estabelecimento comercial, adquiridos pelo policial para presentar clientes nas festividades de dezembro.

Flávio também negou que utilize negociações com imóveis para lavar dinheiro. ;Só porque eu consegui comprar um apartamento num preço bom, eu estou lavando dinheiro com imóveis agora? Para que todos entendam: são duas quitinetes que eu comprei, de 29 metros quadrados, sem vaga na garagem, ;cacarecadas;, lá em Copacabana. Eu comprei de um grupo de investidores americanos que estava saindo do Brasil, e óbvio que eu consegui negociar um preço melhor porque foram dois imóveis do mesmo vendedor. Eu não posso comprar mais barato? Tenho que comprar mais caro pra não ter suspeita?;, questionou.(JV)

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