Politica

Crise entre EUA e Irã: posição do Brasil opõe militares e ala ideológica

Bolsonaro critica o Irã e o general morto em ação militar dos norte-americanos e diz que posição do Brasil é de se ''aliar a qualquer país no mundo no combate ao terrorismo''. Especialistas avaliam, porém, que o governo não tomará partido, de fato, no conflito

Correio Braziliense
postado em 04/01/2020 07:00
homem com expressão preocupadaA crise entre Estados Unidos e Irã — que sugere risco de um conflito armado — coloca o presidente Jair Bolsonaro entre a cruz e a espada. Os principais conselheiros, entre eles os militares, recomendaram a ele uma postura neutra e pragmática em relação ao embate, tendo em vista a boa relação comercial com ambas as nações. De um lado, o país persa, aliado da Rússia e China, principal parceiro comercial brasileiro no Oriente Médio e o maior importador do milho produzido no país. Do outro, a maior potência econômica do mundo e o segundo principal comprador de mercadorias brasileiras. Colocado à prova de fogo, contudo, o chefe do Executivo não seguiu a tradição da diplomacia brasileira. Alfinetou o governo iraniano, associando o general Qasem Soleimani — assassinado numa ação militar dos EUA — ao terrorismo e disse que a posição é se “aliar a qualquer país no mundo no combate ao terrorismo”.

As declarações de Bolsonaro sugerem uma posição contrária ao recomendado pela diplomacia internacional em uma crise deflagrada entre Estados Unidos e Irã. A relação foi ainda mais escancarada depois que o Ministério das Relações Exteriores se posicionou. “Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro manifesta seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reitera que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade internacional sem que se busque qualquer justificativa ou relativização para o terrorismo”, comunicou.

O Itamaraty ressalta, ainda, que acompanha “com atenção” os desdobramentos da ação no Iraque e reforça que condena “igualmente” os ataques à embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos nos últimos dias. “E apela ao respeito da Convenção de Viena e à integridade dos agentes diplomáticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele país”, informou.

O posicionamento pegou de supetão e preocupou conselheiros oriundos das Forças Armadas do alto ao médio escalão do governo. “Diplomacia tem que ser pautada pela serenidade e isenção total. Ao tomar essa posição, corremos vários riscos”, ponderou um assessor. Outro interlocutor, entretanto, considera que há espaço para mudar o tom e adotar um tom pragmático. Ele não considera muitos riscos, ao menos não em termos de conflito armado. “Nossa situação em termos de localização geográfica, nesse caso, é privilegiada, estamos fora da zona de ação”, sustentou.

O analista político e especialista em relações exteriores Ricardo Mendes, sócio-diretor da Prospectiva, concorda com a visão de adoção do pragmatismo. “Apesar dos posicionamentos, não acredito que o Brasil tomará partido. Não creio que tenha condição para isso”, frisou. “São interesses contrários aos militares, a área agrícola e econômica. Não interessa a ninguém. Creio que o país deve se manter neutro, e Bolsonaro vai voltar atrás”, acredita.

Em entrevista, nesta sexta-feira (3/1), ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Bolsonaro disse que o governo é favorável a qualquer medida que combata o terrorismo no mundo. “A nossa posição é de nos aliarmos a qualquer país no mundo no combate ao terrorismo. Nós sabemos, em grande parte, o que o Irã representa para os seus vizinhos e para o mundo”, frisou. “A vida pregressa dele (Qasem Soleimani) era voltada, em grande parte, para o terrorismo. Nossa posição aqui no Brasil é bem simples: tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, nós faremos.”

Embaixada aconselha cautela

A Embaixada do Brasil em Bagdá, no Iraque, recomendou, nesta sexta-feira (3/1), que não sejam feitas viagens ao país devido ao “quadro de incertezas e especulações”, após ação militar dos Estados Unidos que matou o general iraniano Qasem Soleimani.

Alerta publicado no site da embaixada também afirma que brasileiros que estiverem no Iraque devem “evitar as áreas de conflitos e agir com extrema cautela, sobretudo em lugares com grande concentração de pessoas”. O governo brasileiro ainda recomenda que esses brasileiros mantenham “contato regular” com a Embaixada.

A representação brasileira ainda alerta para que notícias sobre a situação política no país sejam monitoradas por fontes confiáveis. “No atual quadro de incertezas e especulações, a Embaixada do Brasil recomenda aos portadores de passaporte brasileiro que monitorem as notícias por meio de fontes confiáveis, evitando tomar decisões baseadas em rumores e especulações que, como sabemos, são comuns e se espalham rapidamente nessas horas de crise.”

“Entendemos as preocupações com relação à segurança de nossos compatriotas, e a Embaixada buscará prestar, no momento adequado, a assistência consular cabível e possível, dentro dos recursos humanos e financeiros disponíveis”, afirma a nota.

A Embaixada disponibilizou contatos em seu site para dúvidas. Também disse que formará um grupo em aplicativo de mensagens para emergências. “É útil integrar esse grupo e informar outros brasileiros da sua existência. As mensagens enviadas ao grupo devem se limitar a questões urgentes, relativas à atual situação e procedimentos a adotar”, diz o texto.

Em defesa da neutralidade

Nelsinho Trad lembrou que o Brasil é um país pacífico: ''É melhor a gente não se envolver'' 

 

A pressão pela neutralidade não virá apenas de núcleos do próprio governo, mas, também, de aliados no Congresso. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), sugeriu que o Brasil se mantenha em cima do muro em relação ao conflito. O senador lembrou que, historicamente, o país é considerado pacífico. “E, assim, deve continuar. Há uma celeuma estabelecida entre Irã e Estados Unidos. O Brasil tem de pesar e torcer para que isso seja exaurido no mais curto espaço de tempo”, defendeu. “Além disso, em um conflito vindouro, poderá sobrar para países aliados de um ou de outro, e acho que o Brasil não deve se envolver ou tecer comentários”, recomendou.

O parlamentar analisa, ainda, que o Brasil não tem “tamanho” para entrar na briga. “Temos de observar e torcer por um entendimento e para a paz”, opinou. “Uma guerra não é boa para nenhum dos lados. Se algo assim vier a acontecer, teremos de observar as consequências nas relações comerciais que temos e que serão afetadas”, ressaltou. “O preço do barril de petróleo, por exemplo,  já disparou. Não devemos entrar no pormenor de quem fez o que. É melhor a gente não se envolver”, insistiu.

A tomada de posição de um lado pode trazer consequências negativas para o Brasil, sobretudo se mantiver uma política de alinhamento incondicional aos Estados Unidos, alertou o professor Juliano da Silva Cortinhas, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). “Sempre que eles entram em confronto, voltam suas atenções para o problema e nos esquecem. Se acontece em um momento de alinhamento automático, nosso aliado principal deixa de nos dar atenção”, destacou. “Mas, se nossa política internacional for pragmática, pode ser um momento estratégico para viabilizar novas possibilidades”, sustentou.

Heleno: “Vamos observar”

O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse ao Correio que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a crise entre os Estados Unidos e o Irã. Ele afirmou que considera “delicada” a situação e destaca que o momento é o de aguardar: “Não é uma situação em que possamos estabelecer com antecedência tudo o que vai acontecer. Por isso que digo: vamos olhar. Mais do que falar, opinar. Vamos olhar, vamos prestar atenção”. O ministro afirmou que os acontecimentos ainda estão “muito no início”. “O presidente e eu conversamos muito. Sou segurança internacional, não tenho pretensão de ser conselheiro, mas converso com ele, e a gente discute. Por enquanto, a ideia é a gente ficar observando. Acabei de receber um documento, vou estudar para conversar com ele e, por enquanto, a ideia é a gente ficar observando.” 

Preocupação com alta do petróleo 

Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras: empresa diz que decidirá ''oportunamente'' sobre os próximos ajustes 

 

O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião para a próxima segunda-feira, com o objetivo de debater com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com ministros e técnicos da área econômica os impactos da alta do preço do barril de petróleo no mercado interno. Diante da perspectiva de alta da commodity e do dólar — dois insumos da política de reajuste de preços da estatal —, a ideia é discutir medidas para atenuar impactos que o conflito entre Irã e Estados Unidos podem provocar no preço da gasolina e do óleo diesel ao consumidor. A intenção do chefe do Executivo é incentivar a abertura do mercado de combustíveis. Ele promete não intervir na autonomia da empresa pública.

A reunião terá a presença de ministros e técnicos da Petrobras e da área econômica do governo. Bolsonaro garante, contudo, que o encontro é para discutir o diagnóstico sobre o cenário internacional e eventuais medidas para mitigar os efeitos da alta do dólar, que subiu, nesta sexta-feira (3/1), 0,74%, e do preço do barril de petróleo do tipo Brent, que avançou 3,64%, na composição do reajuste que, em breve, deve ser anunciado pela empresa pública.

Bolsonaro sustenta que não há qualquer intenção em intervir na política de preços da estatal, ainda que assessores próximos do presidente não descartem a possibilidade, sobretudo se a tensão entre Irã e Estados Unidos for duradoura. “Nós optamos por isso e não vamos interferir. Agora, sabemos o quanto isso impacta toda a nossa economia, cujo produto final, gasolina e diesel, já está bastante alto. O povo quer que diminua o preço do combustível, com razão, mas não podemos tabelar”, declarou o comandante do Planalto, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes.

Adiamento

A posição encontra alinhamento com a Petrobras. Em nota, a empresa informou, nesta sexta-feira (3/1), que seguirá acompanhando o mercado e decidirá “oportunamente” sobre os próximos ajustes nos preços. Ressaltou, contudo, que não há “periodicidade pré-definida” para a aplicação de reajustes. Ou seja, ainda é incerto quando serão corrigidos os custos da gasolina e do diesel nas refinarias, mas, a depender da continuidade da oscilação do dólar e do petróleo, o ajuste virá.

O governo espera, assim, estar preparado para discutir ações capazes de atenuar os impactos. Estarão na mesa do governo o debate sobre a elevação da importação de gasolina e diesel, bem como a venda de refinarias da Petrobras, que detém 13 das 17 em funcionamento no país. Em 2019, foram anunciadas oito delas, que devem ser leiloadas este ano. O objetivo é apresentar ao consumidor um meio-termo que não aponte para a intervenção ou o tabelamento. “Vou conversar com quem entende. O Brasil está dando certo porque não meto o bedelho em tudo, busco informações. (...) Já fizemos no passado a política de tabelamento e não deu certo. Na questão de combustível, temos de quebrar monopólios”, ressaltou.

Corte no ICMS

Uma alta mais acentuada no preço do petróleo poderia ser compensada no mercado doméstico por reduções na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustível, sugeriu, nesta sexta-feira (3/1), o presidente Jair Bolsonaro. “A gente apela para governadores. Vamos supor que aumente 20% o preço do petróleo, vai aumentar em 20% o preço do ICMS. Não dá para uns governadores cederem um pouco nisso também? Porque todo mundo perde. Quando você mexe em combustível, toda a nossa economia é afetada”, declarou. O ICMS é um imposto estadual e representa, em média, um terço do custo final dos combustíveis. Pela legislação atual, cada estado define sua alíquota de ICMS sobre os combustíveis. O imposto estadual incide sobre o preço médio de cada combustível — valor atualizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). 

Possibilidade de intervenção

Por mais que o presidente Jair Bolsonaro diga o contrário, a probabilidade de ele não intervir na política de reajuste da Petrobras é baixa, a depender do tempo de duração da crise entre Estados Unidos e Irã. E esse é um cenário provável na avaliação do economista Cláudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional. Para ele, o envio de tropas americanas para o Oriente Médio reforça uma escalada da tensão. “É uma ação que você sabe onde começa, mas não sabe onde termina. Se eu tivesse que adivinhar, o presidente vai intervir caso as tensões explodam, e o petróleo suba abruptamente. Não há dúvida disso”, analisou.

O especialista considera, também, que a Petrobras ainda não tem completa autonomia para repassar o preço. “Principalmente para o diesel, que é o que realmente pesa mais. O que pode acontecer é ela repassar plenamente ou até mais do que plenamente para a gasolina, e fazer um subsídio cruzado para o diesel”, ponderou.

Já o coordenador-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Rodrigo Leão, apontou para outros desafios. O cenário projetado por ele sugere um ambiente complexo, com pressões exercidas por importadores e caminhoneiros, caso o preço do barril de petróleo continue subindo. “Os importadores vão pressionar por reajuste rápido. Os caminhoneiros vão pressionar para que não suba. A Petrobras ficará no meio do caminho, mas a tendência é de que optem pelo reajuste, resultando em uma queda de braço. A primeira coisa a ser feita é manter a calma”, destacou.

O governo, contudo, não prevê uma escalada da alta do preço do petróleo. “Há poucas semanas (em setembro), tivemos um ataque de drones a refinarias na Arábia Saudita e houve um pequeno aumento do petróleo. Conversei com o Castello Branco e ele acha que esse pico de reajuste, agora (nesta sexta-feira — 3/1), de aumento vai ser semelhante ao ocorrido no ataque dos drones. Ele acha que um pouco disso vai se acomodar”, justificou Bolsonaro, numa referência ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.

Temor de disparada dos preços nas bombas 

Sindicombustíveis-DF diz que, se preços subirem, repasse será rápido porque os estoques dos postos estão acabando 

 

Os consumidores estão apreensivos com uma possível disparada dos preços da gasolina, caso a tensão no Oriente Médio se agrave e perdure por muito tempo. A crise na região ganhou dimensões inesperadas depois de um ataque aéreo feito pelos Estados Unidos ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, que matou o major-general Qasem Soleimani, responsável pela crescente influência militar do Irã no Oriente Médio e um herói entre muitos iranianos e xiitas da região. Nesta sexta-feira (3/1), o preço do barril do petróleo tipo Brent avançou 3,64%.

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, as promoções que os postos estão realizando pode ser derrubada com o possível aumento nas refinarias. Ele avisou que, se os preços aumentarem, não haverá alternativa aos postos senão repassar a alta para os consumidores. Tavares disse que o repasse poderá ser mais rápido, porque os estoques dos postos estão acabando. Assim, se o combustível que chegar já vier com aumento, os motoristas devem preparar o bolso.

Tavares espera que o governo faça jus ao prometido: atrelar o preço do barril às variações da moeda americana não só quando está em alta. “O dólar baixou e não houve nenhum movimento da parte do governo. Já são quase dois meses sem reajuste, sendo que o dólar baixou para caramba”, destacou.

Ao longo do ano passado, a gasolina ficou, em média, 4,85% mais cara nas bombas, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). O litro do combustível subiu de R$ 4,34 no fim de 2018 para R$ 4,55 ao término de 2019. No entanto, o etanol teve elevação maior, com reajuste de 11,51% em 2019. A Petrobras não quis se pronunciar quanto à possibilidade de aumento do preço do barril nas refinarias.

Pesquisa

O consumidor brasiliense já começou a correr aos postos para abastecer antes do possível aumento. No DF, o menor preço pode ser encontrado a R$ 4,31, no Posto Petrolino, em Taguatinga Centro. Já os maiores estão nos postos da Asa Norte, que vendem o litro da gasolina por R$ 4,49.

De quinta para sexta feira, alguns postos reduziram o preço do litro da gasolina na Asa Norte. O JarJour e o Petrobras, das quadras 206 e 208, abaixaram de R$ 4,49 para R$ 4,43. Os postos Petrobras das quadras 212 e 214 também fizeram o mesmo, de R$ 4,44 e R$ 4,43, respectivamente, para R$ 4,42.

A bancária Sonia Bonincontro, 67 anos, disse que o preço ficou bem mais alto nos últimos tempos. “Eu consumo dois tanques por mês e isso acaba pesando muito no meu orçamento”, frisou. Ela destacou que em Brasília não se vive sem carro. “Pode ser que acabemos ficando presos em casa. Podemos até tentar diminuir as saídas ou organizar de alguma outra forma para não comprometer o orçamento.”

Ela acredita que com a crise entre os Estados Unidos e o Irã, não só o preço da gasolina vai subir, mas também o valor do botijão de gás. “Isso pode ter muita influência nos preços. Acho que vai refletir bastante.”

O engenheiro mecânico Eduardo Valente, 65, sentiu o aumento do preço do diesel ao longo ano. “Em janeiro do ano passado, abasteci por R$ 3,20 o litro. Agora, está quase R$ 4”, contou. Segundo ele, a saída para que o brasileiro pare de gastar com combustível são os carros elétricos. “Na Inglaterra, a venda de carros elétricos supera a venda a de carros por combustão. Aqui no Brasil, a venda em massa nem começou. Não sei se por falta de planejamento do governo ou por falta de interesse mesmo”, ressaltou. “Lá fora, as empresas compram o carro elétrico por US$ 30 mil. Se o dólar estiver a R$ 4 aqui, o carro sai por R$ 120 mil, mas vendem por mais de R$ 200 mil, para impedir que o povo tenha acesso e para que continuemos reféns dos preços enormes da gasolina”, criticou.

Viagens a Davos e Índia 

O presidente Jair Bolsonaro disse ainda que sua viagem à Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial de Davos, e à Índia estão confirmadas, mas que a repercussão da morte do general iraniano Qasem Soleimani, em ação militar dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque, pode afetar a agenda de chefes de Estado. “A gente não sabe até que ponto pode impactar também, não a minha viagem, mas as de todos os chefes de Estado para Davos, nessa questão. Há uma ameaça do Irã de retaliações e estamos aguardando. Por enquanto, está mantida”, ressaltou.

As declarações foram dadas no Hospital DF Star. Pela segunda vez no mesmo dia, o presidente visitou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que está em recuperação, após passar por cirurgia. Ela se submeteu a procedimentos para a troca da prótese de silicone e para correção de diástase no músculo do abdome e de hérnia umbilical.

O cirurgião responsável, Régis Ramos, disse ainda que a primeira-dama está bem e que sua recuperação superou as expectativas. Os procedimentos duraram 4h30, e a previsão de alta é para este sábado (4/1). 


*Estagiários sob a supervisão de Cida Barbosa

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

  • homem falando
    homem falando Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
  • um homem gesticulando
    um homem gesticulando Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil
  • um carro abastecendo
    um carro abastecendo Foto: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press

Tags