Correio Braziliense
postado em 08/01/2020 04:04
Bolsonaro põe um pé no Nordeste
O Nordeste já foi reduto do antigo PFL (atual DEM), hoje é mais afeito ao PT, e que ninguém se espante se virar... bolsonarista. A decisão do presidente Jair Bolsonaro de não taxar a energia solar foi comemorada por prefeitos do interior, onde o sol brilha o ano inteiro. O presidente, aliás, vem conquistando simpatias na região desde a decisão de pagamento do 13º salário do Bolsa Família. Nesse ritmo, avaliam alguns, terminará reduzindo ali a área de influência do petismo.
Bolsonaro sabe que precisará amealhar alguma parcela de votos no Nordeste para ter mais segurança numa reeleição, em 2022. Afinal, a tendência é de que surjam outros candidatos de centro-direita no Sudeste, dividindo os votos. E, se tirar essa diferença no Nordeste, onde candidatos como João Dória (PSDB) terão dificuldades, será mais fácil conquistar um novo mandato. É por aí que Bolsonaro vai tentar tirar a diferença, podem apostar. E outras ações virão.
A volta de Agnelo I
Ex-governador do DF e ex-ministro do Esporte de Lula, Agnelo Queiroz abriu uma fanpage no Facebook. Montado numa moto e com a hashtag #NaEstradaComAgnelo, ele diz que inaugurou com “muito orgulho” o estádio Mané Garrincha, e que a obra gerou muitos recursos para a economia local. Se depender da maioria dos comentários, é melhor Agnelo se recolher. Tem até quem diga “gente, arruma pedra porque o ovo está caro”.
A volta de Agnelo II
Ele fez ainda um vídeo em que diz não ter pretensões eleitorais, deseja apenas recuperar um legado. Obteve até ontem, no final da tarde, 2.900 visualizações e 72 curtidas. Desse total, 35 likes, 20 gargalhadas e 17 carinhas de fúria.
Onde preocupa
O fato de o Irã ter pedido explicações ao Brasil sobre a posição do governo, no conflito Irã-Estados Unidos, acendeu o alerta vermelho no setor agropecuário, em especial entre os produtores de milho. O Irã é hoje um dos maiores compradores do produto brasileiro.
Onde há “guerra”
No caso específico do milho, a briga do Brasil é com os EUA, e não com os países árabes. Daí, os apelos do setor para que Bolsonaro fique neutro. A nota do Itamaraty, divulgada na semana passada, foi considerada acima da neutralidade, assim como a proibição de envio de condolências.
Para bons entendedores.../ A declaração do presidente sobre o fim do que ele chamou de “kit gay” foi vista como uma reafirmação da permanência de Abraham Weintraub no cargo de ministro da Educação.
O dono da área/ A possível ausência do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico de Davos foi vista como a chance para que Luciano Huck tome conta do cenário. O empresário, apontado como pré-candidato a presidente da República, em 2022, já confirmou presença, segundo seus amigos.
Dono que nada/ O governador de São Paulo, João Dória (foto), foi a Davos no ano passado e deve repetir. Ele não perde uma viagem que dê oportunidade de contatos que gerem futuros investimentos para São Paulo.
Enquanto descansa…/ O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Alexandre Barreto, foi selecionado para um programa de doutorado em Ciência Política, na Universidade de Lisboa. Fundada em 1290, a instituição completa 730 anos de atividades. Para acompanhar as aulas presenciais, no câmpus, ele sincronizará as férias vencidas com o calendário acadêmico. Ou seja, não vai cabular o serviço.
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