Correio Braziliense
postado em 10/01/2020 04:12
A alteração do Código de Trânsito Brasileiro continua nos planos do presidente Jair Bolsonaro. Porém, devido à dificuldade de passar no Congresso tantas medidas polêmica juntas, a tática mudou. Na tradicional live das quintas-feiras, o chefe do Executivo afirmou que avalia retirar o pacote de alterações no Código de Trânsito Brasileiro, em tramitação no parlamento, e apresentar as medidas individualmente. O primeiro seria o projeto que trata da validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o pacote, o prazo para renovação passaria para 10 anos.“Vai voltar à pauta a questão da mudança do código nacional de trânsito. Venho conversando com Rodrigo Maia (presidente da Câmara), ele está simpático a isso. A ideia, se der tudo certo, é que eu retire o projeto que apresentei sobre o código de trânsito e apresente individualmente um projeto, só para tratar da validade da carteira de motorista, cinco para 10 anos. E ponto final. E daí o Congresso decide se é favorável ou não”, frisou.
De acordo com Bolsonaro, o plano seguinte é apresentar o outro projeto, que versa sobre o aumento do número de pontos em infrações que resultam na suspensão da licença para dirigir — hoje, a pena é adotada quando o motorista soma 20 pontos em um ano, e o governo propõe que passem a ser 40.
“Pela quantidade de radares fixos e móveis que tem no Brasil, o coitado do motorista, que rala como um desgraçado, atinge rapidamente os 20 pontos e, muitas vezes, dirige com carteira vencida e está cometendo outro crime”, frisou. “Para mim, esses radares atrapalham, e ajudam a ter mais acidentes ainda, porque o motorista, em vez de ficar preocupado com a pista, com a sua sinuosidade, ele fica preocupado com o barranco ou fica vendo naquele retão ali se tem alguém que vai multar.” (IS)
"Pela quantidade de radares fixos e móveis que tem no Brasil, o coitado do motorista, que rala como um desgraçado, atinge rapidamente os 20 pontos e, muitas vezes, dirige com carteira vencida, e está cometendo outro crime”
Jair Bolsonaro, presidente da República
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