Politica

Fundão: Bolsonaro diz que terá momento difícil pela frente

O mandatário vem enfrentando duras críticas do próprio eleitorado, que o chama de %u2018traidor%u2019 e ameaça votar em outro candidato nas eleições de 2022 caso seja a mesma seja levada a cabodo país ainda lançou uma campanha para que a população não vote em candidatos que utilizarem o fundo

Correio Braziliense
postado em 10/01/2020 21:00

O mandatário vem enfrentando duras críticas do próprio eleitorado, que o chama de %u2018traidor%u2019 e ameaça votar em outro candidato nas eleições de 2022 caso seja a mesma seja levada a cabodo país ainda lançou uma campanha para que a população não vote em candidatos que utilizarem o fundoO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na noite desta sexta-feira (10) que terá um momento difícil pela frente. O chefe do Executivo se referiu ao Fundo Eleitoral no valor de R$ 2 bilhões aprovado pelo Congresso no final de 2019. Ele deverá decidir se sanciona ou não a medida. 

 

No entanto, Bolsonaro vem enfrentando duras críticas do próprio eleitorado, que o chama de ‘traidor’ e ameaça votar em outro candidato nas eleições de 2022 caso seja a mesma seja levada a cabo. Mais uma vez, Bolsonaro tentou justificar a razão pela qual deverá sancionar sem vetos a proposta e afirmou que “não dará esse mole para a oposição”. Entre os motivos, ele apontou a possibilidade de crime de Responsabilidade e de impeachment. 

 

O mandatário do país ainda lançou uma campanha para que a população não vote em candidatos que utilizarem o Fundão. O discurso ocorreu na inauguração do novo pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de Santos, no litoral paulista. 

 

“Terei um momento difícil pela frente. A questão dos R$ 2 bilhões do Fundão. Eu lanço uma campanha aqui: Não vote em parlamentar que recebe Fundão. Eu me elegi com R$ 2 milhões via campanha na internet e com 8 segundos de televisão. Então quem quer muito tempo e muito dinheiro é porque quer esconder a verdade. O parlamentar, em especial o que já tem mandato, o prefeito, ele tem o momento para se fazer presente junto à população de modo que não precise de dinheiro para sua reeleição ou até mesmo eleição, para os novos que estão entrando na política”, ressaltou.

 

E emendou: “O Fundão nasceu em 2017. É uma lei e sou obrigado a cumpri-la porque caso não fizesse estaria ferindo não só a Constituição como a lei do impeachment e eu não vou dar esse mole para a oposição”, apontou.

 

No último dia 2, Bolsonaro iniciou uma consulta pública por meio do Facebook, onde perguntou a opinião de seguidores sobre a sanção ou veto do Fundo Eleitoral.

Lula 

Ao final do discurso, Bolsonaro citou ainda o versículo 32 do capítulo 8 da bíblia, do evangelho de João 8:32, que diz “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Ele aproveitou para alfinetar novamente o ex-presidente Lula, ao qual se referiu indiretamente. Em live no último dia 9, o mandatário do país chamou o petista de “garoto propaganda do Irã”. Em outra oportunidade, disse que Lula, enquanto exerceu a Presidência, defendeu que o Irã pudesse enriquecer urânio “acima de 20%” porque “seria para fim pacífico”. Reportagens da época mostram, no entanto, que o então presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu enriquecer urânio a 20% e não acima disso. 

 

“A verdade evitou que tivesse hoje um presidente recebendo pessoas em cujo países a primeira vítima sempre foi a liberdade. Vocês sabem do que estou falando. A nossa bandeira é verde e amarela, azul e branca”, concluiu Bolsonaro. 

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