O presidente Jair Bolsonaro comemorou a informação de que os Estados Unidos vão formalizar a priorização do ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O chefe do Executivo federal conversou nesta manhã sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas frisou que a inserção do país no grupo das 36 nações mais ricas não depende apenas do presidente norte-americano, Donald Trump.
A postura do Brasil em relação à entrada na OCDE será de sobriedade. Por isso, Bolsonaro evita opinar sobre quando isso pode acontecer. “Não posso falar em prazo. Isso depende de… não é apenas do Trump. (Se dependesse) do Trump, eu já estava lá. Depende de outros países também. E nós estamos vencendo resistência e mostrando que o Brasil é um país viável”, destacou, na saída do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (15/1).
A notícia, contudo, é classifica como positiva. “Falei com o Paulo Guedes agora pela manhã. A notícia foi muito bem vinda. A gente vinha trabalhando há meses em cima disso, de forma reservada, obviamente. Houve o anúncio. São mais de 100 requisitos para você ser aceito”, comemorou.
O governo dos Estados Unidos decidiu pedir que o Brasil seja priorizado na fila de países que tentam entrar como membros na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A posição será formalizada nesta quarta-feira (15/1), em reunião do Conselho da OCDE com representantes dos países-membros, em Paris, segundo fontes envolvidas nas tratativas.
Vantagens
Em outras ocasiões, Bolsonaro sinalizou que a entrada do Brasil na OCDE poderia se demorada, tendo em vista que o país estava atrás da Argentina na “lista de espera”. Ou seja, a ação dos EUA coloca o governo brasileiro à frente do argentino na fila de postulantes ao grupo dos países mais ricos. “Estamos bastante adiantados, inclusive na frente da Argentina. E as vantagens para o Brasil são muitas, equivale o nosso país entrar na primeira divisão”, declarou o capitão reformado.
O presidente da República evitou, no entanto, dar detalhes, sobre sinalizações de Trump. “Não posso entrar em detalhes disso aí. Tudo que tenho de conversa com qualquer chefe de Estado é reservado”, explicou. A relação entre os dois é boa. O presidente norte-americano chegou a sinalizar, em 2019, sobretaxar o aço e alumínio brasileiro, mas voltou atrás. A decisão foi anunciada por Bolsonaro em uma live nas redes sociais.
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