Correio Braziliense
postado em 16/01/2020 04:04
O chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, se pronunciou, ontem, sobre a reportagem da Folha de S. Paulo que o acusa de receber dinheiro de emissoras de tevê e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, por ministérios e por estatais do governo. O repasse ocorreria, sendo a denúncia, por meio de empresa da qual ele é sócio, a FW Comunicação e Marketing,
Durante o discurso transmitido pela TV Brasil, Wajngarten explicou a criação da empresa e declarou que a reportagem é fantasiosa. Segundo ele, enquanto o presidente Jair Bolsonaro o quiser no cargo “continuará enfrentando grupos monopolistas e poderosos”.
O chefe da comunicação presidencial disse ainda que não tem “absolutamente nada a esconder” e que, ao ser nomeado ao cargo, saiu do quadro da empresa. Irritado, afirmou, ainda, que “se determinados grupos de comunicação ou institutos de pesquisa tinham nele a tentativa de construção de uma ponte de diálogo, essa ponte foi explodida hoje (ontem)”.
Segundo o jornal O Globo, houve uma reunião no meio da tarde entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. O presidente se colocou do lado do secretário, assim como Ramos, que por meio das redes sociais, afirmou: “A matéria da Folha de S. Paulo sobre o secretário Fabio Wajngarten é mais uma dessas maldades que se faz contra homens públicos. Fabio é um homem sério, honesto e dedicado ao governo ao país. Confio no trabalho dele”, escreveu o ministro. Mais cedo, ao ser questionado sobre o caso na saída do Ministério de Minas e Energia, Bolsonaro encerrou a entrevista.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou pelas redes sociais que pedirá a convocação de Wajngarten para depor na Comissão de Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado e que apresentará uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
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