Correio Braziliense
postado em 22/01/2020 04:14
A guinada de Moro
A mudança de posição do ministro da Justiça, Sérgio Moro, em relação à apuração do caso Marielle Franco está diretamente relacionada à vontade de o ex-juiz e de seus apoiadores tomarem uma distância regulamentar das milícias do Rio de Janeiro. Em especial, depois que o presidente Jair Bolsonaro acusou o governador do estado, Wilson Witzel, de querer envolver a família presidencial com os suspeitos. No ano passado, Moro defendeu a apuração, pela Polícia Federal, do assassinato da vereadora e de seu motorista. Entretanto, há quem o tenha alertado de que qualquer atitude do governo federal nessa investigação seria mal-interpretada. Portanto, melhor deixar como está.
Quem não se comunica...
Na primeira reunião ministerial do ano, o presidente Jair Bolsonaro cobrou de seus ministros mais divulgação das ações de governo. Inclusive na área ambiental, parte do primeiro escalão acredita que um dos erros foi o governo não ter difundido mais as ações de combate aos incêndios na Amazônia depois que percebeu o tamanho do problema.
.. Se estrumbica
Alguns ministros lembraram que governadores têm feito várias solenidades sem a presença de autoridades do governo federal. Citaram até a entrega de moradias dentro do Minha Casa Minha Vida e ambulâncias custeadas com recursos federais como se fossem fruto unicamente do esforço estadual.
Ficou pior...
A fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial de Davos, culpando os pobres pelo desmatamento, deixou os investidores para lá de desconfiados. Quem estava na plateia viu muito investidor descrente em relação ao compromisso do Brasil com a sustentabilidade.
… mas, aqui, aliviou
O lançamento do Conselho da Amazônia, coordenado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, foi visto como um gol que atenuou o discurso do ministro. Porém o Brasil terá de convencer os investidores de que seu posicionamento, agora, é diferente. Ou seja, se tudo ficar só no papel, não vai.
Polêmica da hora
A denúncia contra o jornalista Glenn Greenwald vai desaguar no Supremo Tribunal Federal. O ministro do STF, Gilmar Mendes, já havia dito que Greenwald não poderia ser investigado por divulgar o material, e existe o direito constitucional ao sigilo da fonte. Porém o Ministério Público entendeu que houve envolvimento dele com um hacker, ou seja, um criminoso. Essa discussão ainda vai render muito até que se chegue a um veredicto.
Regina e FHC/ Se a atriz Regina Duarte tem algum grande amigo na política, esse nome é Fernando Henrique Cardoso (foto). Ela, inclusive, participou da última viagem do então presidente a Nova York. Certamente, será um dos conselheiros em relação à gestão pública.
Regina e Olavo/ Regina não tem qualquer entrosamento com o escritor Olavo de Carvalho. E essa aproximação com Fernando Henrique pode terminar provocando a maior ciumeira na ala olavista, que já não recebeu muito bem a chegada da atriz.
A vida é escolha/ Regina, sempre corretíssima em suas atitudes, já disse que está de “corpo e alma” no apoio a Bolsonaro. E, entre Olavo, que nem no Brasil mora, e a atriz, o presidente também já deu demonstrações de que prefere a “noiva”.
Doria e Huck/ Tem gente torcendo para que os dois aproveitem a estada em Davos para conversar um pouco sobre 2022, um futuro que a Deus pertence. O problema é que qualquer conversa, agora, não terá a validade de um iogurte.
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