Melhor dos mundos
A pesquisa CNT/MDA, que colocou o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula em lugar de destaque no quesito intenção de voto, foi comemorada no Planalto e no quartel-general do PT. Nos dois casos, há um consenso: enquanto o eleitor da esquerda der preferência aos petistas e o conservador, a Bolsonaro, o segundo turno está garantido para os extremos. Pior para o centro, que terá de se organizar melhor, a fim de não entregar tudo de bandeja aos dois personagens que hoje dominam a cena.
Nas hostes bolsonaristas, há a certeza de que hoje ninguém tira a reeleição do chefe. Porém, três anos é quase uma vida. Como lembrou a coluna há dois dias, até lá, Bolsonaro vai tratar de não dar fôlego aos adversários. O mesmo fará Lula. No caso do presidente, a ordem é tirar ar do ministro Sérgio Moro, a quem considera seu principal adversário interno. No caso de Lula, é não dar chance para crescimento do PDT ou do PSB. O PCdoB e o PSol, Lula nunca os tratou como “gente grande”, nem tratará agora.
Ajuda tucana
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está disposto a dar prioridade à reforma tributária, porém, se for ouvir seus aliados, verá que o apoio para colocar a reforma administrativa na frente ultrapassa as fronteiras do Ministério da Economia. Há no PSDB quem comece a pender no sentido de colocar as mudanças na área pública na frente da reforma dos tributos.
"Fazer a reforma tributária antes da administrativa é uma falta de visão do Brasil. É trocar o ralo. A administrativa é a mais urgente”
Nelson Marquezan Júnior (PSDB), prefeito de Porto Alegre
A prova do apoio
Todas as propostas do governo que não passarem pelo crivo dos partidos de centro estão fadadas ao fracasso. Já foi assim com a carteirinha de estudante, será assim com o DPVAT. Quando o Congresso voltar à ativa, os líderes vão tratar desse tema para tentar colocar um ponto nessa celeuma de restituição do seguro obrigatório.
E o juiz, hein?
A decisão de Luiz Fux de suspender indefinidamente o juiz das garantias colocou tudo no ponto que a turma da Lava-Jato queria, ou seja, deixa o tempo passar para ver como é que fica.
CURTIDAS
A volta de Carluxo I/ O vereador Carlos Bolsonaro (foto), do Rio de Janeiro, voltou a tuitar enlouquecidamente sobre temas nacionais. Quase nada sobre o Rio de Janeiro. Ontem, por exemplo, fez coro com uma expressão de baixo calão “teu xx” e travou uma guerra contra o deputado Julian Lemos (PSL-PB). Ao ponto de o parlamentar dizer: “Me esqueça, seu psicopata”.
A volta de Carluxo II/ Em se tratando do filho de um presidente da República que sonha em um Brasil mais educado, seria interessante os rebentos darem o exemplo e tratarem de modificar o vocabulário. #ficaadica.
Atitude & discurso/ Para se diferenciar de Luciano Huck em Davos, o governador de São Paulo, João Doria, não ficou apenas na falação. A agenda dele esteve até aqui repleta de encontros e anúncios de novos investimentos. Huck, que não tem um cargo público que lhe permita um desfile desse porte, disse, em suas redes sociais, que está na fase da vida em que deseja “aprender”. Faz bem.
A política passa pela Bahia/ O prefeito de Salvador, ACM Neto, que também é presidente do DEM, inaugura hoje o Centro de Convenções da cidade com a presença de todos os pesos-pesados de seu partido. Será uma festa para mostrar o prestígio dele no Democratas e no cenário nacional. Seja na ala mais conservadora, seja no PT, a Bahia mantém sua importância no desenho da política nacional.
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