Politica

Nomeação de Regina Duarte para a Cultura pode ficar para a próxima semana

A atriz ainda avalia os bônus e ônus de assumir o cargo, e coloca nesta conta a questão financeira

Correio Braziliense
postado em 23/01/2020 09:44

Bolsonaro e Regina DuarteO presidente Jair Bolsonaro não aparenta estar com pressa de definir o futuro da atriz Regina Duarte no comando da política cultural nacional. Na saída do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (23/1), ele disse estar tudo bem, e voltou a frisar a analogia do ‘noivado’ usada por ambos. “Está tão bom ser noivo. Está tudo bem”, declarou, antes de seguir para a Base Aérea, onde embarcou a caminho da Índia. A nomeação dela pode ser feita após o retorno ao Brasil, na próxima semana. 

 

O Correio publicou, nesta quinta, que a atriz ainda avalia os bônus e ônus de assumir o cargo, e coloca nesta conta a questão financeira. Bolsonaro não entrou no assunto, mas disse estar tranquilo. Até brincou sinalizando que Duarte está no governo há um tempo. “Está tão bom ser noivo. Está tudo bem. Ela está perfeitamente adaptada, parece que está no governo há um tempão. Está cheia de vontade. Tenho conversado com ela, dando dicas para ela como deve formar o perfil do seu secretariado. Acho que esse casamento vai dar o que falar, mas é agora, não”, disse.

 

O presidente retorna da Índia na próxima terça-feira (28/1). A expectativa é selar o “casamento” após a chegada. “Talvez na volta a gente acerte. Ela merece realmente quase que uma festa por ocasião da assinatura dela, da posse. Deve ser na volta. Ela é uma pessoa mais especial”, respondeu.

Questionado se ela responderá diretamente a ele, Bolsonaro disse, quando se tem recursos públicos envolvido, seria algo que faria, mas frisou não ter tempo para se dedicar inteiramente a tudo. “Quando tem orçamento, eu responderia... Eu não tenho tempo para me dedicar inteiramente a uma situação como essa. Então fica, me desculpe”, ponderou. 

 

Em seguida, Bolsonaro sugeriu que gostaria de estar sempre dialogando a política cultural com Duarte, como fazia com o ex-titular da Secretaria Especial de Cultura, Roberto Alvim. Quase que semanalmente os dois se encontravam para definir as políticas.

“Eu até gostaria. Quem não gostaria de estar todo dia com a Regina Duarte ao seu lado? Além da primeira-dama, obviamente. Seria uma excelente oportunidade. Mas envolve outras atribuições e eu não posso ficar desguarnecido”, justificou. 

 

Ministério da Segurança

O presidente também respondeu a questionamentos sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, nos moldes do governo do ex-presidente Michel Temer. Atualmente, essa estrutura está incorporada no Ministério da Justiça, de Sérgio Moro.

“É comum receber demanda de toda a sociedade. E, ontem, eles pediram para mim a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança. Isso é estudado. Estudado com o Moro. Lógico que o Moro deve ser contra, mas estudado com os demais ministros”, analisou. 

 

O capitão reformado destacou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é favorável à criação da pasta. “Acredito que a Comissão de Segurança Pública (da Câmara) também seja favorável. Temos que ver como se comporta esse setor da sociedade para melhor decidir. Se for criado, aí ele fica na Justiça. É o que era inicialmente. Tanto é que, quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir com o Ministério da Segurança”, frisou. 

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