Uma fonte ligada ao governo, ouvida pela reportagem, afirmou que a alteração deve ser realizada desta forma para reduzir as chances da ideia ser vetada no parlamento. O ex-deputado Alberto Fraga (DEM) é o mais cotado para o cargo. O primeiro passo, em relação às mudanças, seria a troca de comando na PF, avaliada para ocorrer até o carnaval, e colocar no cargo um nome indicado por Fraga.
Bolsonaro diz que recebeu o pedido para recriar o Ministério da Segurança Pública por meio de secretários de segurança pública dos estados. “A separação dos ministérios via medida provisória é mais célere e incentiva o Congresso a aprovar a medida, principalmente depois de entrar em prática”, informou uma fonte. Além disso, a criação de outra pasta colocaria em lados opostos Moro e Fraga, fazendo com que o presidente Jair Bolsonaro saísse dos holofotes que podem prejudicar a imagem dele entre os eleitores.
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Bolsonarodo compartilhou nas redes sociais uma carta escrita pelo general Augusto Heleno, da Secretaria-Geral da Presidência. No documento, o militar defende o chefe. “A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do Presidente Jair Bolsonaro, e sim da maioria dos Secretários de Segurança Estaduais, que estiveram em Brasília; neste 22 de janeiro”, afirma Heleno no texto. Ele continua, em tom mais ríspido, ressaltando a autoridade do chefe do Executivo. “O que alguns não entendem é que o Presidente é o capitão do time, ele escalou seus 22 ministros. As decisões são tomadas, ouvindo os ministros, mas cabe a ele, como Comandante, dar a palavra final, mesmo que isso contrarie alguns dos seus assessores ou eleitores”, completa o texto.