Politica

Mourão sobre Segurança Pública: 'governo nem sempre consegue o que quer'

De acordo com o presidente em exercício, caso a decisão seja favorável a recriação da pasta, ainda será necessário a aprovação pelo Congresso

O presidente em exercício Hamilton Mourão (PRTB) afirmou na noite desta quinta-feira (23) que “nem sempre o governo consegue o que quer”. Questionado pelo Correio a respeito da recriação de uma eventual recriação do Ministério da Segurança Pública, Mourão disse que, caso o presidente decida, será necessário passar ainda em votação no Congresso Nacional.

 

“Aguardo a decisão do presidente. O que eu sei:  ontem (22) houve uma reunião de secretários de segurança. Primeiro com Ibaneis, que capitaneou isso aí e, depois, foram ao Palácio, com o presidente. Acho que Heleno (Segurança Institucional) e ministro Ramos (Secretaria de Governo) estavam juntos e os próprios secretários de segurança solicitaram a recriação desse ministério, o que levou o presidente a fazer uma declaração nesse sentido. Acredito que Heleno andou dando uns tuítes dizendo que: 'Vamos aguardar a decisão'", disse. 

 

E emendou: “Vocês sabem muito bem que uma decisão dessa natureza vai para onde? Vai para o Congresso e aí vai ser votada lá. Então vamos lembrar que tudo aquilo que o Executivo deseja fazer, nem sempre ele consegue. Porque existe um diálogo com o Legislativo”, concluiu.

 

A recriação do Ministério da Segurança Pública está no radar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O chefe do Executivo recebeu ontem 18 secretários estaduais da área que fizeram o pedido. A eles, Bolsonaro prometeu estudar a medida. 

 

Ainda na tarde desta quinta (23), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, tuitou sobre o assunto. 

 

“1- A proposta de recriar o Ministério da Segurança Pública não é do Presidente Jair Bolsonaro, e sim da maioria dos Secretários de Segurança Estaduais, que estiveram em Brasília; nesse 22 de janeiro.

 

- Em nenhum momento, o Presidente disse apoiar tal iniciativa. Apenas, educadamente, disse que enviaria a seus ministros, para estudo, entre eles o Ministro Sérgio Moro.

 

- O que alguns não entendem é que o Presidente é o CAPIT%u0100O DO TIME, ele escalou seus 22 ministros. As decisões são tomadas, ouvindo os ministros, mas cabe a ele, como Comandante, dar a palavra final, mesmo que isso contrarie alguns dos seus assessores ou eleitores.

 

- Mais ainda, foi esse Capitão que com risco da própria vida, evitou a volta do PT ao Governo com Haddad. Esses críticos de plantão nunca fizeram 1% sequer do que foi feito por Jair Bolsonaro. Durante 28 anos, dentro da Câmara, ele conheceu o Sistema por dentro e se preparou para derrotá-lo. Repito, ISSO TUDO, SOZINHO.

 

- O mesmo já aconteceu quando o Congresso passou o COAF da Justiça para o Banco Central. Os mesmos que, hoje, mentem ser de interesse do Presidente recriar a Segurança, acusaram o mesmo de enfraquecer Moro no caso COAF.

 

- Ou vocês confiam no Capitão Jair Bolsonaro, que teve visão e coragem para, sem recursos; enfrentar o Sistema e nos dar esperança de mudar, ou continuarão atacando-o e devolverão o Brasil à esquerda, em 2023. A Argentina está aí para provar que estou certo”, concluiu o ministro.