Nova Délhi — O presidente Jair Bolsonaro descartou, “no momento”, a possibilidade de dividir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado pelo ex-juiz Sergio Moro. “Está descartada (a divisão da pasta). A chance, no momento, é zero. Tá bom?”, afirmou o presidente nesta sexta-feira (24/1) a jornalistas assim que chegou ao hotel em que ficará hospedado até o dia 28.
Bolsonaro é o convidado de honra do governo da Índia para as festividades do Dia da República, no domingo (26/1). “Não sei amanhã. Na política, tudo muda. Mas não há intenção de dividir (o ministério da Justiça)”, completou. Presidente também reclamou que toda vez que ele viaja, ruídos são criados e ele não respondeu propriamente sobre o assunto porque estava em trânsito. “Toda vez que eu começo uma viagem cria-se um caos no Brasil. Peguei 25 horas de voo. Não pude responder à altura, porque não estava lá”, disse.
Ao ser questionado sobre a reunião em que essa possibilidade de divisão do Ministério da Justiça foi aventada, inclusive, foi cogitada que a nova pasta de Segurança seria chefiada pelo ex-deputado federal Alberto Fraga, o presidente afirmou que o horário era muito cedo e não dava para chamar o ex-juiz para o encontro. “Alguns dizem que eu devia ter convidado o Moro. Mas se tiver no gabinete, por exemplo, uma reunião de agronegócio e eu for chamar a ministra Tereza Cristina, ela não trabalha”, justificou.
O presidente descartou a existência de um clima tenso entre ele e o ministro Moro e usou um tom irônico para descartar qualquer fissura no relacionamento. “Nos entendemos muito bem. Estou até preocupado com a maneira cordial que nos nos entendemos”, afirmou.
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Ele disse que há também pressões para a divisão do Ministério da Fazenda e do Planejamento. “Se isso se torna público, já iam falar que eu quero enfraquecer o (Paulo) Guedes (ministro da Economia)”, brincou.
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